Paulo Amaral, ex-presidente do São Paulo Futebol Clube entre 2000 e 2002, lançou sua candidatura à presidência do Tricolor Paulista e concorrerá com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na eleição que deverá acontecer no próximo dia 27.
Amaral foi o nome sugerido pelos ex-aliados de Carlos Miguel Aidar, que se despediu do cargo através de mensagem por e-mail e debaixo de graves acusações. Ele conseguiu apoio do grupo Tradição, do ex-presidente Fernando Casal de Rey, e apoio de outras figuras importantes do clube, como o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta.
“Ele trabalhou comigo como diretor financeiro na gestão de 94 a 98, foi excelente o trabalho dele, se credenciou talvez com isso a ser presidente na sequência, entre 2000 e 2002. Sempre foi muito bem, um grande administrador, uma pessoa austera, e me parece uma pessoa que vem num momento certo para o São Paulo. Ele também tem um espírito de renovar, por isso espero que caso ele vença ele coloque pessoas jovens para que possamos iniciar um processo de renovação no São Paulo. Em vista disso, acho que ele está credenciado e recebe meu apoio”, destacou Casal de Rey.
O grupo Tradição é atualmente um dos mais numerosos do São Paulo FC e fez ferrenha oposição a Aidar antes e durante os dezoito meses de gestão. No último pleito, serviu como base de candidatura para Kalil Rocha Abdalla, apoiado por Marco Aurélio Cunha e seu grupo, o Clube da Fé, que agora com a candidatura de Paulo Amaral deverá se fragmentar depois de ter anunciado apoio a Leco.
Com o respaldo do grupo Tradição, Amaral deixa de ser um candidato apoiado pelos grupos que formavam a base de Aidar para se tornar um candidato forte na eleição. Ele ainda deverá receber os votos dos grupos Força São Paulo, Movimento São Paulo e Vanguarda.
Leco, hoje presidente interino do São Paulo, tem apoio da Legião, de Ataíde Gil Guerreiro, do Clube da Fé, do Participação e de membros dissidentes do Movimento São Paulo e do Vanguarda.
Paulo Amaral é desafeto de Rogério Ceni e poderá, agora, ser presidente nos últimos meses de carreira do goleiro, que se aposentará no fim deste ano. Em 2001, Paulo Amaral, então presidente, contestou a veracidade de uma proposta do Arsenal, da Inglaterra, que Ceni levou até a diretoria. À época, o goleiro disse ter se sentido desrespeitado e ameaçou deixar o clube.
Em 2000, Leco e Paulo Amaral se enfrentaram na eleição, e Amaral saiu vencedor por cinco votos de diferença, em um dos pleitos mais disputados do clube.