Na sexta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o envio de um pequeno contingente de integrantes das Forças de Operações Especiais à Síria para atuar em um papel de assessoria militar com o objetivo de intensificar a campanha contra o Estado Islâmico (EI).
O envio representa uma importante mudança substancial na política do presidente norte-americano no conflito na Síria, visto que Obama era contrário, até então, à presença de tropas ianques no país árabe.
O anúncio ocorre enquanto os principais aliados e opositores internacionais do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, buscam, em Viena, um consenso sobre o futuro do país, imerso em uma guerra civil que já dura mais de quatro anos e que já causou a morte de mais de 250 mil pessoas e milhões de refugiados.
O presidente autorizou o envio de um “pequeno contingente”, de menos de 50 membros, das Forças de Operações Especiais ao norte da Síria para ajudar na coordenação dos esforços das forças locais e da coalizão internacional contra o EI.
Os EUA estão há mais de um ano realizando bombardeios aéreos na Síria e no Iraque, apoiados por uma coalizão formada por 65 países. Já a Rússia entrou no conflito sírio com a intenção de apoiar o regime Assad, atacando todas as forças de oposição, incluindo o EI.
Obama também autorizou o envio de aviões de ataque A-10, de apoio de tropas terrestres, e de caças F-15 à Turquia.
O presidente americano ainda pediu que o governo iraquiano fosse consultado sobre a formação de um grupo de trabalho das Forças Especiais no país, onde os Estados Unidos já têm assessores militares para a campanha contra os jihadistas.
Apesar de os EUA estarem intensificando a campanha contra o Estado Islâmico, as medidas anunciadas por Obama também reforçarão os esforços diplomáticos para “conseguir uma solução política” para o conflito na Síria.