Um número ainda incerto de explosões e ataques a tiros (informações preliminares apontam como sendo sete atentados terroristas) deixaram ao menos 45 mortos em Paris, segundo informações não confirmadas de policiais. Relatos da imprensa falam em 60 mortos, mas esse número é baseado em declarações dos que estavam em uma casa de shows localizada noc entro da capital francesa.
O presidente François Hollande, que estava no Stade de France acompanhando um amistoso entre as seleções francesa e alemã, declarou estado de emergência em todo o país e ordenou o fechamento das fronteiras. Ao menos três explosões ocorreram nas proximidades do Stade de France. Um policial disse que duas explosões foram atentados suicidas de homens-bomba. Hollande disse que se trata de ataques terroristas orquestrados e sem precedentes na França.
A polícia afirmou ter registrado ataques a tiros em ao menos dois restaurantes. Um estudante disse ter ouvido tiros nas proximidades da Place de la République. Segundo ele, três corpos estavam no chão.
Segundo um policial, ao menos cem pessoas são mantidas reféns na sala de espetáculos Bataclan. Há relatos de que forças de segurança teriam invadido o local.
O ataque à casa de shows Bataclan, que tem capacidade para 1,5 mil pessoas, deixou ao menos 145 mortos e outras três pessoas morreram em decorrência das explosões nas proximidades da arena esportiva, segundo a polícia.
Localizada no 11º arrondissement, mais precisamente no número 50 do Boulevard Voltaire, a casa de espetáculos Bataclan foi alvo de atentado promovido por terroristas que fizeram aproximadamente cem reféns. Pessoas que acompanhavam um show de rock e conseguiram escapar afirmaram que muitas pessoas morreram por conta do disparo de armas de fogo. Um dos sobreviventes disse que conseguiu identificar uma metralhadora da marca Kalashnikov nas mãos de um dos terroristas. Outras dezenas teriam sido pisoteadas no momento de fuga. A polícia francesa invadiu o Bataclan e matou dois terroristas.
Nenhum grupo terrorista assumiu oficialmente a autoria dos atentados, mas frequentadores da casa de shows afirmaram que os criminosos, no momento da invasão, gritaram que o ato era em nome da Síria e que representava uma revanche. Além disso, os terroristas, aparente calmos, disseram “Allah Akbar”, que em árabe significa “Deus é grande”. Coincidentemente, os Estados Unidos deflagraram nesta sexta-feira uma ação para eliminar “Jihadi John”, responsável pela execução dos reféns do Estado Islâmico.
Um policial declarou que mais 11 pessoas morreram num ataque ao restaurante Petit Cambodge, no 10º arrondissement (bairro), mas essa informação não foi oficialmente confirmada pela polícia. O local foi cercado e isolado por forças de segurança. No Bataclan, segundo informações da agência de notícias France Presse, com base em informações de policiais, há perto de cem mortos.
O presidente François Hollande, que acompanhava a partida de futebol, foi retirado do estádio e convocou reunião de emergência. Ele se reuniu no Ministério do Interior com o primeiro-ministro Manuel Valls e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Logo em seguida, Hollande declarou estado de emergência em todo o país e ordenou o fechamento de fronteiras.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que os ataques visaram toda a humanidade e não apenas o povo francês.