Autoridades dos Estados Unidos dizem que morte do terrorista “Jihadi John” é quase certa

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O Pentágono afirmou nesta sexta-feira (13) que é “razoavelmente certo” que o britânico Mohammed Emwazi, conhecido como “Jihadi John”, responsável pela execução dos reféns do Estado Islâmico (EI), foi morto em ataque com drone na Síria. Ele aparece em vários vídeos de decapitações de cidadãos ocidentais pelo EI.

“Nós sabemos que o sistema de armas atingiu o alvo programado e que a pessoa que era o alvo de fato está morta”, disse o porta-voz do comando militar dos EUA, Steven Warren.

De acordo com Warren, os EUA ainda não puderam verificar a morte de Emwazi, o que demorará um tempo, mas têm “certeza” de que ele está morto com base em informações do serviço de inteligência.
Um motorista e amigo do jihadista também morreu no mesmo ataque, que atingiu um veículo com duas pessoas.

A Casa Branca ressaltou que a ação foi um “importante progresso” no combate aos jihadistas. O porta-voz Josh Earnest disse que o combatente era “um alvo que valia a pena”.

Earnest afirmou ainda que o ataque aéreo nos arredores da Raqqa, no norte de Siria, mostrou que os Estados Unidos levam a sério o uso de inteligência para pressionar os líderes do EI e disse que as famílias das vítimas de Emwazi foram contactadas antes de a informação sobre a ação ser divulgada publicamente.

“Jihadi John” aparece nos vídeos do EI que mostram os assassinatos dos jornalistas norte-americanos Steven Sotloff e James Foley, do voluntário estadunidense Abdul-Rahman Kassig, dos voluntários britânicos David Haines e Alan Henning e do jornalista japonês Kenji Goto.

Com 27 anos, “Jihadi John” pertence a uma família de classe média e estudou informática antes de viajar para a Síria, em 2012. Ele nasceu no Kuwait e teria se mudado para Londres aos 6 anos, crescendo no bairro de classe média de North Kensington.

Emwazi foi apelidado de “Jihadi John” em referência ao beatle John Lennon e por causa de seu sotaque britânico.

Em todos os vídeos de decapitação em que aparece, ele está mascarado, vestido de preto, sendo visíveis apenas os olhos, e segura uma faca enquanto profere ameaças ao Ocidente. Ele é um dos quatro britânicos que vigiam reféns ocidentais do EI e que receberam apelidos com os nomes dos integrantes dos Beatles: John, Paul, George e Ringo.

De acordo com responsáveis dos serviços secretos britânicos, cerca de 500 radicais que cresceram no Reino Unido integram as fileiras do EI na Síria e no Iraque. (Com agências internacionais)

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