Gleisi diz que o PT não é culpado por escândalos; trata-se de campanha de ódio ao partido

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Envolvida em espantosas denúncias de corrupção, acusada pelos principais delatores do Petrolão e investigada em duas operações da Polícia Federal (Lava-Jato e Pixuleco II), a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) insiste em abusar do “non sense”. A parlamentar petista, que um dia chefiou a Casa Civil da Presidência, percorre o interior do Paraná concedendo entrevistas cada vez mais desconexas.

Na última entrevista, Gleisi alegou que nem ela nem o PT (mergulhado no maior escândalo de corrupção da História) são culpados pelo Petrolão, esquema criminoso que funcionou de forma deliberada durante uma década na estatal petrolífera.

“Parece que todos os problemas são culpa do PT. Tem uma campanha muito grande para desestruturar o partido é até uma campanha de ódio. Nós sabemos que nós temos erros e problemas, mas nós não podemos também achar que isso é normal, nós queremos mostrar as boas contribuições que o PT deu para a sociedade brasileira e o que o governo Lula e Dilma fizeram pelo Brasil”, disse Gleisi, em Cascavel.

As declarações foram dadas na sede da APP Sindicato, que congrega professores da rede estadual de ensino e é uma espécie de braço armado do Partido dos Trabalhadores no Paraná, responsável por ações violentas, como a invasão da Assembleia Legislativa em abril passado.

Ignorando a torrente de corrupção do PT, que dia após dia recheia o noticiário nacional, demonstrando que o partido da senadora saqueou empresas públicas, destruiu a economia e trouxe de volta o dragão da inflação e o flagelo do desemprego, Gleisi decidiu vestir a fantasia de vítima.

Diz que a “campanha do ódio” prejudicará o partido de forma injusta. “Não tenho dúvidas que terá reflexos porque é uma campanha muito ostensiva de desconstrução partidária e obviamente que isso tem impacto, mas nós estamos organizando as nossas candidaturas. Vamos fazer a discussão e não vamos ficar tolhidos de fazer esse embate. Nós achamos importante mostrar para a sociedade as contribuições que demos até aqui”.

A senadora enumera supostos benefícios que o PT teria feito ao País, como os programas “Mais Médicos” e “Minha Casa, Minha Vida” e os créditos para a agricultura, mas admite que o desgaste das denúncias de corrupção terá reflexos nas eleições do próximo ano. Para a senadora, tais reflexos são inevitáveis, mas profundamente injustos frente a todo bem que, segundo a senadora, o PT tem feito ao Brasil.

À senadora Gleisi Hoffmann, assim como a qualquer cidadão, é garantido o direito à livre manifestação do pensamento, desde que vedado o anonimato, mas não se pode fechar os olhos para a realidade, mesmo que dura. Se a petista insiste em enxergar o cenário de forma tão pura e inocente, por certo está precisando de ajuda de algum profissional da medicina ou, então, não tem condições de ocupar um cargo com a importância de um senador da República.

Considerando a importância do estado na federação, o Paraná certamente merece um representante mais capacitado no Senado federal, não alguém que apela às ciências ocultas para balizar sua atuação parlamentar.

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