O principal objetivo do grupo Anonymous no momento é desarticular a comunicação e a propaganda do Estado Islâmico, grupo terrorista que usa a fé como desculpa para espalhar pânico ao redor do planeta. Isso porque os jihadistas buscam a instalação de um califado, nos moldes medievais, no Iraque e em parte da Síria.
Na terça-feira (17), os hackers do Anonymous anunciaram ter conseguido derrubar mais de 5,5 mil contas do Twitter ligadas à organização terrorista, à qual declararam “guerra” um dia antes.
“Nossa capacidade de derrubar o EI é um resultado direto de nossos sofisticados hackers, mineradores de dados e espiões que temos em todo o mundo”, declarou Alex Poucher, porta-voz do Anonymous, à agência de notícias russa RT. “Eles não têm hackers como os nossos”, completou.
Segundo Poucher, o grupo Anonymous possui agentes “muito, muito próximos” ao Estado Islâmico em campo, que têm acesso a ferramentas eletrônicas que “podem ser melhores que as ferramentas de qualquer governo” para combater os terroristas pela internet.
Conforme relatório da organização Foreign Policy, só em 2015 hackers do Anonymous já tiraram do ar cerca de 150 páginas da web ligadas ao Estado Islâmico. Além disso, o grupo denunciou também cerca de 100 mil perfis no Twitter, aguardando resposta da rede social.
Essa ação patrocinada pelo Anonymous pode parecer inócua a olhos leigos, mas é uma importante derrota para os terroristas do Estado Islâmico, pois o grupo usa a divulgação de seus crimes na internet e nas redes sociais para cooptar simpatizantes e engrossar as fileiras do exército criminoso.
O Estado Islâmico mesclou a publicidade de suas barbáries ao planejamento usado pelo grupo Al Qaeda para avançar no campo do terrorismo. Prova disso é forma coordenada como os jihadistas promoveram os ataques em Paris na última sexta-feira (13).