Presidente da Federação Chilena de Futebol renuncia ao cargo; Sampaoli pode deixar a seleção

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Através de um comunicado no site da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP), divulgado na quarta-feira (18), o presidente da entidade, Sergio Jadue, anunciou que abdicou do cargo. Ele comandava a ANFP desde 2011, quando foi eleito sucessor de Harold Mayne-Nicholls, e tinha mandato até o fim de 2015.

Desta forma, o técnico Jorge Sampaoli, contratado em 2012 para o lugar de Claudio Borghi, pode deixar o cargo, já que havia dito que seu futuro estava vinculado ao do presidente da entidade, seu aliado.

Na terça-feira, após a derrota para o Uruguai, ele foi misterioso. “Ninguém me informou nada. Não tenho conhecimento do que está acontecendo. Quando for informado, serei prudente sobre que medida tomar como treinador”, bradou, um dia antes da notícia da saída do mandatário do comando da ANFP.

Em seu mandato como presidente, Jadue comandou o Chile na conquista da Copa América deste ano, sediada em seu país. Foi o primeiro título da história da “Roja”.

De acordo com a imprensa chilena, o motivo da renúncia é a investigação sobre supostas irregularidades nos salários de dirigentes do futebol chileno. Porém, a ANFP nega qualquer tipo de problema.

Na última semana, Jadue havia pedido licença médica por trinta dias, sem esclarecer os motivos. Já na quarta, a imprensa do país publicou que ele foi aos Estados Unidos como testemunha protegida para prestar esclarecimentos nas investigações do “Fifagate”, o escândalo de corrupção dentro da entidade que rege o futebol mundial desencadeado pela Justiça norte-americana em maio deste ano.

Desde que uma operação da polícia suíça prendeu sete membros do comitê executivo da Fifa em maio passado antes da eleição presidencial em Zurique, vários dirigentes sul-americanos estão evitando viajar com medo de também serem detidos.

Até o momento, José Maria Marin (Brasil), Rafael Esquivel (Venezuela), Eugênio Figueredo (Uruguai) e Nicolás Leóz (Paraguai) estão presos por causa de envolvimento no escândalo – o pagamento de propina a dirigentes por contratos de transmissão da Copa América. Marin e Figueredo fizeram acordo e foram extraditados para os EUA; já Leóz está em prisão domiciliar em Assunção.

No comunicado, a ANFP não deu uma data para a eleição de um novo presidente, mas informou que os procedimentos para organizar um pleito já estão em curso.

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