O governo alemão definiu nesta terça-feira (1º) como será a missão da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) contra o grupo terrorista “Estado Islâmico” na Síria e no Iraque. O projeto segue agora para votação no Bundestag (câmara baixa do Parlamento), onde o governo tem ampla maioria.
O plano prevê o envio de 1,2 mil militares e se refere à participação nos ataques aéreos ao “Estado Islâmico”. A Alemanha colaborará com aviões de reconhecimento do tipo Tornado, um navio de guerra que ajudará na segurança de um porta-aviões francês e um avião-tanque.
Como é usual nesses casos, a missão tem mandato inicial de um ano. com custo estimado de 134 milhões de euros. A planejada atuação da Bundeswehr é uma resposta aos ataques terroristas de 13 de novembro em Paris.
Se aprovada, essa será a maior missão militar que a Alemanha mantém no exterior atualmente. Os líderes dos partidos que formam a coalizão de governo ainda não se manifestaram sobre o projeto. O partido de oposição “A Esquerda” disse que votará contra, assim como setores do Partido Verde devem rejeitar a proposta.
O presidente do Deutscher Bundeswehrverband, associação que reúne os funcionários e militares das Forças Armadas, estima que o combate ao “Estado Islâmico” vá durar bem mais do que dez anos. Em entrevista à emissora ARD, ele lembrou que o grupo não está presente apenas na Síria e no Iraque, mas também no norte da África.
Para ele, ataques aéreos não bastam para derrotar o grupo, sendo necessária também a presença de tropas terrestres. (Com agências internacionais)