Em contundente discurso contra a aprovação do PLN 5, que prevê a mudança da meta fiscal para que o governo encerre o ano com déficit de R$ 119,9 bilhões, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) não apenas elencou as mazelas da administração da petista Dilma Vana Rousseff, mas destacou o real rombo das contas federais.
Usando como referência informe do Banco Central à imprensa, Hauly afirmou que o déficit do governo no acumulado de doze meses é de 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde a absurdos R$ 547,9 bilhões. O deputado tucano disse que, ao contrário do que alega a base aliada, o descumprimento da meta fiscal deste ano é reflexo de um governo incompetente, que faz do gasto irresponsável do dinheiro público uma arma contra a população brasileira, que continua sofrendo as consequências de uma crise econômica sem fim.
“O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$29,4 bilhões em outubro. No ano, o déficit nominal totalizou R$ 446,2 bilhões, comparativamente a déficit de R$ 242,2 bilhões no mesmo período de 2014. No acumulado em doze meses, o resultado nominal registrou déficit de R$ 547,9 bilhões (9,50% do PIB), elevando-se 0,16 p.p. do PIB em relação ao déficit registrado no mês anterior”, destaca o informe do BC.
Enquanto tenta conseguir a complacência do Congresso para os crimes de responsabilidade que comete, Dilma Rousseff insiste em afirmar que crise econômica é um “momento de travessia” e que decorre da instabilidade do cenário internacional. Ao contrário, como destacou o deputado Hauly, a média global de crescimento econômico é de 3%, ao passo que o Brasil encerrará o ano com recuo da economia na casa de 3%, podendo, inclusive, chegar a -4%.
A presidente da República, sempre reforçando o seu autismo político e a esquizofrenia administrativa, não cansa de repetir que há no governo dinheiro de sobra, mas que a falta de autorização para gastar é que impede investimentos. Trata-se de uma mentira descomunal, pois é sabido que o governo do PT está sem condições de investir, assim como pode dar o calote em despesas básicas, como água, luz e telefone.
Como mencionou o deputado paranaense, Dilma precisa deixar o governo para que o país comece a se livrar, mesmo que de forma lenta, do céu carrancudo em que se transformou a crise econômica nacional. A propósito, como mencionado em matéria anterior, a revista francesa “Le Point”, em sua mais recente edição, que o primeiro passo para a solução da crise brasileira é a renúncia de Dilma. A publicação francesa destacou, em relação à renúncia, que “quanto mais cedo melhor”.
Ao contrário do que esbravejam os petistas, alegando que falar em impeachment é suscitar o golpe, Luiz Carlos Hauly lembrou que se a presidente não tem coragem para tomar uma decisão unilateral (renúncia), que o Congresso assuma seu dever constitucional e dê seguimento ao processo de impeachment, cujos pedidos permanecem parados sobre a escrivaninha do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).