Como esperado, com aproximadamente uma hora de atraso, foi aberta nesta quarta-feira (2) a sessão do Congresso Nacional que decidirá sobre a alteração da meta fiscal de 2015. No caso de aprovação do PLN 5, o governo escapará do crime de responsabilidade fiscal e poderá encerrar o corrente ano com déficit de R$ 120 bilhões, um verdadeiro escárnio se considerado o anúncio oficial de superávit em valor equivalente.
Que Dilma Rousseff é incompetente e irresponsável todos sabem, mas não se pode aceitar que pelo segundo ano consecutivo a administração petista se valha dessa manobra para escapar dos crimes previstos na legislação vigente. Com a base aliada totalmente adestrada pelo Palácio do Planalto, os primeiros oradores abusaram do “non sense” ao defender a aprovação do PLN 5, como se tal situação fosse normal em um país que derrete em meio a uma crise múltipla e sem precedentes.
Deputado federal pelo PT baiano, Afonso Florence apelou à dramatização e disse que é preciso aprovar o projeto em questão para garantir o pagamento dos benefícios sociais, como “Bolsa Família” e “Minha Casa, Minha Vida”. Ou seja, Florence usa a dramatização para convencer os partidos de oposição, que obstruem a pauta de votação do Congresso. Se for coerente, a oposição não apenas rejeitará o PLN 5, como manterá a obstrução. Querer usar o dramalhão comunista como arma de persuasão é típico de um governo criminoso que usa as chamadas “esmolas sociais” para manter o curral eleitoral que decide as eleições.
Como se fosse pouco, o deputado federal Silvio Costa (PSC-PE), que por certo troca sua obediente genuflexão diante do Palácio do Planalto por algum tipo de benefício, cobrou responsabilidade da oposição para que o PLN possa ser aprovado na tarde desta quarta-feira. Sempre desconexo em sua fala rascante e de encomenda, Silvio Costa deveria envergonhar-se de fazer pedido tão absurdo. A presidente da República age com irresponsabilidade desde o primeiro mandato, mas o parlamentar da base ousa cobrar responsabilidade dos opositores.
O governo de Dilma Rousseff acostumou-se ao faz de conta, pois o dinheiro da corrupção conseguiu, ao longo dos anos, comprar a aquiescência criminosa da base aliada, que vota com o bolso, não com a consciência. Aprovar mais uma vez a alteração da meta fiscal é endossar os crimes administrativos cometidos por Dilma, que a todo custo tenta permanecer mais algum tempo no cargo, quiçá até o último dia do mandato, dependendo da bandalheira que tomar conta do Parlamento.
No momento em que o Congresso aprovar a alteração da meta fiscal, o Brasil dará um passo considerável rumo ao golpe esquerdista que o PT e seus bandidos de aluguel tentam impor desde o primeiro mandato do lobista Lula. A sociedade não mais suporta esse governo corrupto, inepto e paralisado, por isso é preciso dar um basta ao bandoleiro estado de coisas que derrete a nação.
A aprovação do PLN 5, se confirmada em plenário, dará margem a interpretações diversas acerca do cometimento de crimes, pois é o mesmo que aceitar o pedido de desculpas de um traficante ou de um homicida, com a promessa de que não mais cometerão crimes hediondos. Por mais que os governistas queiram defender a irresponsabilidade de Dilma, a presidente precisa dar o exemplo e pagar pelos erros cometidos. Afinal, reza a Constituição Federal que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Ou será que Dilma é mais igual que os outros brasileiros?