Queda na produção de veículos amplia extensão da crise e embala o calvário político de Dilma Rousseff

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Entre os muitos motivos para o Palácio do Planalto estar interessado na celeridade da análise do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o acirramento da crise econômica é um deles, como mencionado em matéria do UCHO.INFO na edição desta sexta-feira (4).

Considerando um dos mais importantes segmentos quando o assunto é a análise da conjuntura econômica, o setor automobilístico continua avançando na seara das dificuldades que enfrenta desde que o planeta descobriu que foram equivocadas a eleição e a reeleição de Dilma.

Longe de cumprir as mirabolantes promessas feitas ao longo da corrida presidencial 2014, o que fez da sua campanha a mais mentirosa em toda a história polícia nacional, Dilma se vê diante de desastres econômicos que se acumulam com o passar dos dias. A situação não deve melhorar tão cedo, já que o governo, que já estava de mãos amaradas pelo fio da incompetência, agora se dedica a salvar o mandato de uma governante que adulou corruptos durante anos.

De acordo com dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), o desempenho do setor automotivo mais uma vez registrou piora. Segundo a entidade, em novembro foram produzidos 176 mil veículos, retração de 14,2% na comparação com outubro, quando foram produzidas 205 mil unidades.

Na comparação com novembro do ano passado, quando foram fabricados 264 mil veículos, a queda é de 33,5%. No acumulado do ano, a produção de veículos foi de 2,28 milhões. Comparados com os 2,94 milhões de 2014, os números deste ano representam uma queda de 22,3%. Ou seja, um desastre em todas as modalidades de comparação.

Presidente da ANFAVEA, Luiz Moan informou que a fabricação de veículos no País caiu para índices de 2006, um retrocesso de quase dez anos nos níveis de produção. Para que o leitor compreenda a extensão da crise do setor que sempre foi uma das alavancas da economia nacional, em novembro o estoque foi reduzido para 18.500, o que representa dois dias de vendas. Com a redução, o estoque atual representa cerca de 50 dias de vendas.

A grande questão que surge quando a crise chega ao setor automobilístico é que a produção de veículos tem uma cadeia laboral considerável, segmento que há muito luta contra o fantasma do desemprego, sem resultados animadores nesse duelo. Isso permite concluir que o nível de desemprego deve aumentar no próximo ano, podendo chegar aos 12%, como já previu este noticioso.

Seguindo a tendência apresentada desde novembro de 2013, o emprego na produção de veículos, máquinas agrícolas e rodoviárias registrou nova queda em novembro. Em outubro o número de empregados no setor era de 132.711, contra 131.190 em novembro – queda de 1,1%.

Para Luiz Moan, “o nível de emprego caiu para índices de 2008, sendo que desses 131 mil empregados do setor, cerca de 40 estão mantendo o emprego através do PPE (Plano de Proteção do Emprego)”. Na opinião do presidente da ANFAVEA, esse dado reflete o esforço do setor para manutenção do emprego.

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