Alemanha já recebeu quase 1 milhão de refugiados em 2015

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A estimativa oficial previa que cerca de 800 mil refugiados chegariam à Alemanha neste ano. A realidade, no entanto, já é outra e maior. Até novembro, quase 965 mil requerentes de asilo foram registrados no país europeu, como anunciou nesta segunda-feira (7) o Ministério do Interior.

O número é quatro vezes maior do que a quantidade total de 2014, que foi de pouco mais de 238 mil migrantes. Somente em novembro, foram registrados 206 mil requerentes de asilo em todo o país. Mais da metade deles, cerca de 484 mil, veio da Síria. Em segundo lugar ficou o Afeganistão, seguido do Iraque.

O governo defende ainda a estimativa de agosto e alega que o número divulgado nesta segunda-feira ainda poderá ser corrigido, pois há muitas entradas registradas duas vezes.

“O prognostico em agosto deste ano era compreensível e coeso. Ele foi ultrapassado devido ao aumento do número desde meados de agosto”, afirmou o ministro do Interior, Thomas De Maizière, que recusou apresentar uma estimativa nova.


O ministro, porém, ressaltou que o número de novos migrantes caiu nas últimas duas semanas. “Não é uma tendência, mas um bom desenvolvimento”, disse, citando que a quantidade diária de refugiados que entrou na Alemanha caiu para entre 2 e 3 mil. No auge da crise, cerca de 10 mil migrantes chegavam diariamente ao país.

No último fim de semana, a polícia federal registrou a entrada de 4.913 migrantes, e a maioria chegou ao país pela Áustria.

Logo após a divulgação da estimativa de 800 mil em agosto, muitos governadores e prefeitos contestavam a previsão e afirmavam que o número de migrantes passaria de 1 milhão, diante do fluxo migratório intenso.

O governo alemão também vem sendo criticado pela lentidão no procedimento de asilo. A Agência Federal de Migração e Refugiados da Alemanha (Bamf) comunicou na sexta-feira que será capaz de lidar com os requerimentos de refugiados recém-chegados somente a partir de maio.

Atualmente há um acúmulo de mais de 355 mil requerimentos empilhados, apesar de a agência ter diminuído em 100 mil o número de pedidos pendentes. Nesta conta, no entanto, não estão incluídos os requerimentos de refugiados que ainda nem deram início aos seus processos. (Com agências internacionais)

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