O juro médio para operações de crédito para as pessoas físicas é o maior desde fevereiro de 2009, enquanto, para pessoa jurídica é o mais alto desde março do mesmo ano.
Todas as seis principais linhas de crédito para pessoa física tiveram elevações em novembro: juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC (bancos – financiamento de veículos), empréstimo pessoal (bancos) e empréstimo pessoal (financeiras).
A maior elevação foi sentida no empréstimo pessoal em bancos, que sofreu alta de 2,36% no mês, passando de 4,24% ao mês (64,59% ao ano) para 4,34% ao mês (66,50% ao ano).
Logo depois vem o cheque especial, que sofreu maior aumento de juro, de 1,93% ao ano. O juro passou de 10,36% ao mês (226,39%) ao ano para 10,56% ao mês (233,56% ao ano).
Já o juro do cartão de crédito tornou-se o mais alto desde março de 1996, passando de 13,73% ao mês (368,27% ao ano) em outubro, para 13,94% ao mês (378,76% ao ano) em novembro, alta de 1,53%.
A taxa de juro média geral aumentou 0,06 ponto percentual no mês, alta de 1,44%, passando de 4,16% ao mês (63,08% ao ano) em outubro para 4,22% ao mês (64,22% ao ano) no mês passado. Trata-se da maior taxa de juro média para pessoa jurídica desde março de 2009.
Na análise da Anefac, as altas refletem o aumento do risco da inadimplência, além do aumento da inflação, dos impostos e do desemprego, que aumentam os riscos para a concessão do crédito.
A projeção para os próximos meses continua pessimista: a expectativa da Anefac é que as operações de crédito sofram novos aumentos do juro no futuro próximo.