Mais popular aplicativo de troca de mensagens do planeta, o WhatsApp poderá ficar fora do ar, no Brasil, nos próximos dois dias. Isso porque a Justiça de São Paulo enviou ordem judicial às operadoras de telefonia celular determinando o bloqueio do aplicativo em todo o território nacional. As operadoras cumprirão a decisão a partir da meia-noite desta quarta-feira (16).
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), a medida foi imposta, sob pena de multa, pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), com base em ação que tramita em segredo e cujo autor ainda é desconhecido.
Proprietário do WhatsApp, o Facebook não se pronunciou sobre o caso, alegando que o aplicativo de mensagens instantâneas é uma “entidade independente”. Informações obtidas pelo UCHO.INFO com servidores do TJ-SP dão conta que advogados da empresa que opera o aplicativo já trabalham para derrubar a decisão.
Essa não é a primeira vez, neste ano, que uma ação judicial culmina no pedido de bloqueio do WhatsApp no Brasil. Em fevereiro, o Tribunal de Justiça do Piauí determinou a suspensão do serviço no País, após o aplicativo não cumprir ordem judicial local que pedia a interceptação de dados do WhatsApp para investigar um determinado caso.
“O WhatsApp deve atender às requisições judiciais, mas bloquear não é a solução”, disse João Rezende, presidente da Anatel.
Na quarta-feira, o Ibope divulgou que o WhatsApp é atualmente o aplicativo mais utilizado pelos brasileiros. Segundo o levantamento, 93% dos usuários de internet do País utilizam o WhatsApp. Em seguida aparecem o Facebook (79%), o YouTube (60%) e o Instagram (37%).
Dados da pesquisa apontam também que os internautas brasileiros possuem, em média, 15 aplicativos instalados no smartphone, mas que metade deles dos usuários acessam menos de cinco apps por dia.