Lava-Jato: “Japonês da PF” pode passar o Natal em Brasília, na casa do sócio oculto de André Vargas

andre_vargas_1001

A Operação Lava-Jato já mostrou a vastidão do universo da corrupção no Brasil, mas há ainda muitos escândalos a serem elucidados, alguns dos quais cometidos por pessoas investigadas, presas e condenadas. Tanto é assim, que muitos dos envolvidos no maior escândalo de corrupção da história da humanidade têm recorrido a ansiolíticos para vencer as noites de insônia que antecedem o Natal. Isso porque comenta-se nos bastidores que existe a possibilidade de uma nova operação, batizada de Papai Noel, ser deflagrada antes do apagar das luzes de 2015.

Os muitos acordos de delação premiada que estão sendo selados sem que a opinião pública tenha conhecimento das negociações têm trazido a lume um sem fim de detalhes da roubalheira generalizada que se instalou no País, cenário que pode levar à prisão alguns alarifes que creem ter escapado das garras da Justiça.

Muito estranhamente, o ex-petista André Vargas Ilário, ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados e agora preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Grande Curitiba, vem sendo pressionado pela família para, apesar de condenado, revelar o que sabe a respeito dos esquemas de corrupção para encurtar o seu retorno ao lar.

Flagrado na Operação Lava-Jato a partir de mensagens nada ortodoxas trocadas por celular com Alberto Youssef, o ex-deputado perdeu o mandato parlamentar apenas porque mentiu aos seus pares quando negou ter qualquer relação com o doleiro-delator. Vargas não apenas é amigo de longa data de Youssef, como fez muitos negócios escusos com o doleiro, desde o tempo em que ambos voavam baixo em Londrina, importante cidade do interior Paraná.

André Vargas foi afoito demais e elegeu o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal como palco de suas estripulias fora da lei. Mesmo depois de ter perdido o mandato parlamentar e ser abandonado pelo PT, Vargas frequentou a capital dos brasileiros, onde promoveu alguns outros negócios ilícitos e cobrou o pagamento de algumas propinas deixadas em aberto. Fora isso, o ex-petista também procurou seus parceiros de ilegalidades para um acerto de contas.


Agora, com André Vargas atrás das grades e sob o manto de um silêncio obsequioso, um dos seus comparsas, um empresário que atende pelo nome de Alceu e é conhecido em Brasília por suas extravagâncias, voltou a temer por uma reviravolta no caso. Isso porque Vargas pode, a qualquer momento, revelar à Polícia Federal os nomes dos seus sócios nas negociatas.

O que comenta-se nas entranhas da cidade brasileira que abriga os Poderes é que não causará surpresa se o “Japonês da Federal” fizer um rasante por lá no melhor estilo “bom velhinho” e carregando no porta-malas do trenó um sem fim de mandados de prisão e de busca e apreensão.

Em um prédio elegante e caro do setor Noroeste de Brasília, cuja garagem abriga uma frota de carros de luxo, o agente Newton Ishii, o “Japonês da PF”, aprenderá a receita do milagre da multiplicação. Afinal, a forma como o tal Alceu externa sinais de riqueza é tão acintosa, que não há quem resista à curiosidade diante do dinheiro fácil.

Para que o serviço da PF seja completo na cidade planejada pelo urbanista Lúcio Costa, o UCHO.INFO sugere aos policiais que façam uma rápida vista ao edifício comercial Brasil 21, no coração de Brasília, onde o tal Alceu, o poderoso e extravagante sócio de André Vargas, tem um bem equipado escritório travestido de banca de advocacia. E com o “Japonês da PF” ameaçando agitar o Natal de alguns brasilienses, a ceia deste ano será à base de sushi e sashimi.

apoio_04