Dilma quer crescimento econômico imediato e Wagner pede paciência com o novo ministro da Fazenda

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Imagine um governo que tem na Casa Civil um ministro que, acreditando ser um gênio, não sabe o que diz. É o caso do governo da petista Dilma Rousseff e do ministro “companheiro” Jaques Wagner. Há dias, antes de Joaquim Levy, então ministro da Fazenda, pedir demissão, o chefe da Casa Civil disse, sem deixar margem a erros de interpretação, que quem manda na economia é a presidente da República. Ou seja, Wagner culpou Dilma pelo desastre econômico que derrete o País.

Nesta terça-feira (22), com o novo ministro da Fazenda devida e oficialmente empossado, o mesmo Jaques Wagner disse que é preciso ter paciência com Nelson Barbosa. O chefe da Casa Civil disse que Barbosa não cometerá “loucuras” e que a equipe econômica será mais harmônica. Em outras palavras, Barbosa dirá amém às ordens estapafúrdias da presidente.

“A troca de ministros acho que é importante. Não vou comparar o [Joaquim] Levy com o [Nelson] Barbosa porque ambos tem competência técnica mas repito: como economia não é ciência exata, tem 150 opiniões sobre os rumos da economia, apostamos em um, colhemos fruto, mas não o que queríamos. […] Acho que a mudança é porque foi um ano que teve desgaste da operação da economia no momento de crise e acho que você terá um equipe mais harmônica”, disse Jaques Wagner durante encontro com jornalistas no Palácio do Planalto.

O petista baiano Jaques Wagner foi além e rebateu as críticas quando perguntado sobre o que deu errado na condução da política econômica, ao mesmo tempo em que provocou os “engenheiros de obra pronta”.


“Todo mundo sabe que teve medidas que nós apostamos e a posologia [dosagem] foi errada. Como no caso das desonerações, na redução do nosso [equilíbrio] fiscal. Isso todo mundo reconhece. [As críticas vêm] dos engenheiros de obra pronta, o que é fácil. Então, não tem uma culpa só. Temos culpa? Evidente. Fizemos uma aposta que não deu certo. Mas isso não é dolo. É que exageramos na dose”, avaliou.

É excesso de minimalismo dizer que houve exagero na dose quando a economia encontra-se em processo de deterioração. Assim como a presidente da República, o chefe da Casa Civil é um estabanado com as palavras e ignaro em termos de economia. Até porque, pedir para que os brasileiros tenham calma com o novo ministro da Fazenda é uma prova de irresponsabilidade, pois a crise econômica avança de forma preocupante, enquanto os trabalhadores contemplam o salário sendo devorado pela inflação.

Considerando que o Brasil ainda é uma democracia, que como tal preserva o direito à livre manifestação do pensamento, Wagner pode dizer qualquer coisa que lhe venha à mente, mas é preciso destaca que a presidente cobrou do novo ministro da Fazenda a imediata retomada do crescimento econômico. Isso significa que o modelo econômico que levou o Brasil à ruína voltará à cena do cotidiano, pois é preciso ressuscitar o populismo barato da “companheirada”.

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