Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa pelo Mar Mediterrâneo em 2015, informou nesta quarta-feira a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). A maioria é originária da Síria (49%) e do Afeganistão (21%); 25% são crianças, 17% mulheres e 58% homens.
Na última semana, a Acnur e a Organização Internacional de Migrações (OIM) informaram que as chegadas já tinham superado a marca de 1 milhão, mas contabilizando também 34 mil pessoas que tinham entrado na Europa por rotas terrestres.
Um total de 84% dos que conseguiram completar a travessia pelo Mediterrâneo são dos dez países do mundo que mais refugiados produzem, quase sempre por razões vinculadas a conflitos armados e a repressão.
As rotas migratórias mudaram ao longo do ano, fazendo com que a Grécia substituísse a Itália como a principal porta de entrada. Isso se deveu ao fluxo de sírios que optou por buscar proteção na Europa. A maioria já era refugiada em algum dos países vizinhos à Síria, que enfrenta uma guerra civil há cinco anos.
Os refugiados que cruzaram da Turquia para alguma das ilhas da Grécia foram 844.176, e 152.700 chegaram do norte da África à costa da Itália. O aumento das chegadas começou a diminuir em abril, e alcançou seu nível máximo em outubro, para voltar a cair relativamente em novembro e dezembro.
De acordo com a Acnur, foram confirmadas 3.735 mortes nessas travessias. O número, porém, deve ser significativamente maior, dado que não há registros nos pontos de partida dos migrantes. (Com agências internacionais)