Economistas projetam cenário econômico pior em 2016; dólar rompe a barreira dos R$ 4

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No primeiro Boletim Focus de 2016, o cenário da economia nacional para o ano que acaba de nascer não é dos melhores. Consultados pelo Banco Central, os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País revisaram para baixo as projeções para o Produto Interno Bruto e para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Na seara do IPCA, a projeção para 2016 saltou de 6,86% para 6,87%, ou seja, alta de 0,01 ponto percentual, acima do centro da meta fixada pelo desgoverno de Dilma Vana Rousseff, que é de 4,5% ao ano e, segundo ao BC, só será alcançado em 2018.

Em relação ao PIB, os economistas projetam contração de 3,71% da economia em 2015, cenário ligeiramente pior do que a queda de 3,70% prevista na semana anterior. Para 2016, a retração prevista pelos especialistas do mercado financeiro alcançou a marca de 2,95%, contra 2,81% da pesquisa anterior.


No tocante à taxa básica de juro, a Selic, os economistas não alteraram a expectativa para 2016, após o Banco Central acenar com a possibilidade de novo aumento no começo deste ano. Os consultados pelo BC mantiveram a Selic, atualmente fixada em 14,25% ao ano, no patamar de 15,25% até 31 de dezembro.

Nessa escalada do mais temido fantasma da economia, o mercado financeiro espera que a autoridade monetária eleve a Selic em 0,5 ponto percentual ainda em janeiro.

Os analistas consultados mantiveram a expectativa de alta de 0,5% já em janeiro, depois de o BC mostrar que já não vê a inflação no centro da meta em 2017, destacando em seu Relatório de Inflação que conduzirá a política monetária “especialmente vigilante”.

Para piorar o que já é ruim, o dólar, no primeiro pregão do ano, ultrapassou a barreira dos R$ 4, no rastro da preocupação dos investidores em relação ao crescimento econômico da China, depois que a atividade industrial do país asiático, segunda maior economia do planeta, ter registrado, em dezembro, a décima retração mensal consecutiva. Às 12h52 desta segunda-feira, a moeda norte-americana era vendida a R$ 4,0375, alta de 2,27%.

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