Em 2015, o território controlado pelo grupo terrorista “Estado Islâmico” (EI) foi reduzido em torno de 40% no Iraque e em 20% na Síria, informou na terça-feira (5) um porta-voz da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos que combate os jihadistas em ambos os países.
No ano anterior, o EI tinha conquistado um terço do território iraquiano, inclusive a cidade de Mossul, uma das maiores do país, nas proximidades da capital, Bagdá. Nos últimos meses, porém, as forças internacionais conseguiram expulsar os extremistas de diversas localidades.
Contraofensivas das forças iraquianas e curdas, apoiadas pela coalizão internacional, forçaram a retirada do EI das cidades de Tikrit, ao norte, e Ramadi , no oeste.
Na Síria, o Estado Islâmico é combatido pelo exército do presidente-ditador Bashar al-Assad, além de grupos rebeldes de oposição. Os jihadistas são alvos constantes de ataques aéreos da coalizão internacional e da Rússia, aliada ao regime de Damasco.
Em dezembro, um relatório divulgado pelo centro de estudos militares e de defesa IHS Janes dava conta de que o EI havia perdido apenas 14% do território sob seu poder, entre 1º de janeiro e 14 de dezembro de 2015.
Ainda é cedo para dizer que o Estado Islâmico ingressou no caminho do desaparecimento, mas a perda de espaço territorial é um sinal de que o grupo começa a se esfacelar. De igual modo não se pode afirmar que o risco de ataques terroristas diminuiu na mesma proporção da perda territorial dos terroristas do EI.
Na verdade, as derrotas do grupo podem incrementar o número de atentados mundo afora, muitos dos quais sob a responsabilidade dos chamados lobos solitários, que agem inspirados nos jihadistas que tentam implantar um califado em área da Síria e do Iraque. (Com agências internacionais)