Culpada pela crise econômica, Dilma tenta dividir a responsabilidade com o Congresso

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Ancorada em um discurso nada verdadeiro e que não convence, Dilma Rousseff, a presidente, tratou de assuntos econômicos durante café da manhã, nesta quinta-feira (7), com jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto. Como se a crise atual não tivesse qualquer relação com a equivocada política econômica adotada pelo governo ao longo de anos, Dilma disse que é preciso que o Congresso seja responsável em relação ao tema, em especial à retomada do crescimento.

Ao puxar o Parlamento para o olho do furacão em que se transformou a crise econômica, Dilma alertou para o fato de que as chamadas “pautas-bomba” representam um modelo de fazer política que está esgotado. Ou seja, a presidente ignora a atuação do próprio partido, o PT, enquanto oposição, mas agora, na condição de situacionista, quer que os adversários alinhem-se ao governo. Em outras palavras, Dilma e a “companheirada” se especializaram no papel de pedra, mas não se deram bem como vidraça.

Em dezembro de 2008, quando Lula, o inventor da atual presidente, ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a elevação do consumo como forma de enfrentar os efeitos colaterais da crise internacional, que o petista chamou de “marolinha”, o UCHO.INFO afirmou, sem medo de errar, que aquela receita era suicida e que o resultado desastroso surgiria em no máximo uma década. Erramos por pouco, pois a tragédia surgiu antes disso.

Na ocasião, o editor deste noticioso foi acusado de torcer contra o Brasil e de cultuar a tese do “quanto pior, melhor”. Não se trata, de nossa parte, de bola de cristal ou profecia do apocalipse, mas de projetar o futuro com base em dados reais da economia, sendo que as medidas adotadas pelo governo servem de parâmetro para antecipar o amanhã em termos econômicos.


À época, o UCHO.INFO afirmou que a conta da economia nacional não fecharia em algum momento, pois não se pode estimular o crescimento econômico de uma nação a partir do consumismo e do crédito fácil, sem que o cidadão gere riqueza. A fórmula milagrosa encontrada por Lula evaporou em poucos meses, no rastro do endividamento recorde das famílias, a elevação da inadimplência e a queda na arrecadação tributária. Diante desse trinômio macabro não há economia que resista, por mais forte e sólida que seja.

A grande questão nessa crise que devasta o País é que a presidente da República, que continua acreditando ser uma especialista em economia, tem enorme dificuldade para assumir que errou na condução da política econômica. Tanto é assim, que Dilma não apenas mentiu descaradamente ao longo da corrida presidencial de 2014, mas tentou maquiar a realidade ao vender a ideia de que o Brasil é uma versão moderna e tropical do País de Alice, aquele das maravilhas, que por um desvio no script enfrenta um “momento de travessia”.

O maior reflexo dessa tremenda trapalhada na economia verde-loura repousa no escândalo das “pedaladas fiscais”, usadas por Dilma para manter a farsa de um governo corrupto, incompetente, perdulário e paralisado.

Esse cenário ficou comprovado na fala do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, que na quarta-feira (6) afirmou não ter o governo um “coelho na cartola” para retomar o crescimento econômico. Confirmando o que temos noticiado nos últimos anos, a retomada do status econômico anterior exigirá do Brasil e dos brasileiros pelo menos cinco décadas de esforços continuados. Como disse certa feita um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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