Crise econômica chega ao mercado imobiliário, que em 2015 enfrentou enxurrada de devoluções

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Em 2012, quando o UCHO.INFO afirmou que o mercado imobiliário nacional enfrentaria em pouco tempo problemas sérios em decorrência da desastrada política econômica adotada pelo governo petista de Dilma Rousseff, profissionais do setor e alguns palacianos se limitaram a afirmar que este noticioso torcia contra o Brasil e cultuava a tese do “quanto pior, melhor”.

Na verdade, a previsão feita pelo editor do site refletiu uma consciente compilação de dados econômicos do País, agregada à projeção de curto prazo acerca da economia verde-loura. O tempo passou rapidamente e o nosso noticiário foi confirmado mais uma vez. Não se trata de bola de cristal ou profecia do apocalipse, mas ser fiel à verdade dos fatos e manter o compromisso com os leitores de informar apenas e tão somente a verdade.

Com a crise econômica fazendo estragos por toda parte, em 2015 o mercado imobiliário nacional enfrentou um ano de dificuldades, pois a cada cem imóveis vendidos, ao menos 41 foram devolvidos por pessoas que não conseguiram prever os efeitos da crise ou perderam o emprego, situações que inviabilizou a aquisição do imóvel. Esse movimento de devolução, traduzido em números, significa R$ 5 bilhões de volta ao estoque das construtoras.

Fundador da Tecnisa e vice-presidente da Abrainc, associação que reúne as dezoito maiores empresas do setor, Meyer Ningri é claro ao afirmar que “historicamente, o porcentual de distratos girava em torno de 10%, um patamar saudável para a indústria”. Os distratos sempre existiram no mercado imobiliário, mas eram considerados exceção, uma vez que o comprador que optava por se desfazer do imóvel até o momento da entrega das chaves via de regra negociava o mesmo com outro interessado e por valor maior do que o da compra.


Fora isso, a crise econômica forçou a restrição ao crédito, o que inviabilizou a aquisição de imóveis na mesma velocidade como vinha acontecendo no rastro de um uma bolha imobiliária que em algum momento haveria de estourar. Esse cenário foi reflexo imediato da economia como um todo, que nos últimos anos viveu um momento de euforia no rastro de uma política que priorizou o consumismo e o crédito fácil, sem que o cidadão passasse a consumir à sombra da geração individual de riqueza.

Muitos brasileiros desavisados preferiram acreditar o sonho dourado vendido pelo governo do PT (leia-se Lula e Dilma Rousseff), sem que esses governantes não se preocupassem com a possibilidade de a engrenagem da economia travar em algum momento, como aconteceu.

Há dias, Dilma Rousseff, a presidente, preocupada com os desdobramentos da crise, anunciou por meio de assessores que o governo priorizará investimentos no setor da construção como forma de retomar o crescimento econômico, como se isso fosse tão simples e fácil quanto acionar o interruptor da luz da sala. Dilma, sempre esquizofrênica em termos de governança, acordou tarde demais para a dura realidade que enfrenta o País. E qualquer medida adotada de agora em diante em nada ajudará a a recuperar a economia, que está em patamar de difícil solução.

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