Explosão no centro histórico de Istambul deixa ao menos dez mortos e quinze feridos

(Kemal Aslan - Reuters)
(Kemal Aslan – Reuters)

Uma explosão de origem desconhecida sacudiu o centro histórico de Istambul na manhã desta terça-feira (12), deixando pelo menos dez mortos e 15 feridos, segundo comunicado emitido pelo gabinete do governador de Istambul.

De acordo com a rede de televisão CNN, entre os feridos estariam turistas da Alemanha – pelo menos seis – e da Noruega. Após a explosão, a Alemanha publicou no site de sua Chancelaria um comunicado orientando os cidadãos do país que estão em Istambul a evitar multidões e atrações turísticas, dizendo que mais confrontos violentos e “ataques terroristas” podem acontecer na Turquia.

Ambulâncias chegaram rapidamente ao local da explosão, no distrito turístico de Sultanahmet, próximo às famosas Hagia Sophia (Basílica de Santa Sofia) e Mesquita Azul. A polícia isolou o local. “Estamos tomando medidas de precaução contra uma segunda explosão”, disse um policial à agência Reuters.

As autoridades turcas suspeitam que a explosão tenha sido um atentado terrorista e estão investigando o tipo de explosivos e os possíveis responsáveis. Informações da televisão turca Haberturk apontam que a explosão pode ter sido causada por um homem-bomba.


O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que um homem-bomba de nacionalidade síria estaria por trás da explosão. Em seguida, o vice-premiê turco, Numan Kurtulmus, afirmou que o terrorista suicida tinha 28 anos. Segundo Kurtulmus, a maioria das vítimas é estrangeira. Ainda não está claro se o número de mortos inclui o homem-bomba.

Após a explosão, a União Europeia (UE) informou que apoia a Turquia no combate a “todas as formas de terrorismo”. A chanceler da UE, Federica Mogherini, disse que tanto o bloco quanto a Turquia “devem aumentar seus esforços para conter a violência extremista”, tema que foi prioritário na cúpula entre a UE e a Turquia, realizada em novembro, em Bruxelas.

No passado, militantes de esquerda, militantes curdos e radicalistas islâmicos já realizaram ataques na Turquia. O país também tornou-se alvo do grupo terrorista “Estado Islâmico”, responsável por dois ataques a bomba no ano passado nas cidades de Suruc, próxima à fronteira com a Síria, e na capital, Ankara, matando mais de 100 pessoas. (Com agências internacionais)

apoio_04