Lava-Jato: investigações começam a produzir mais acusados do que acusadores; Lula está na mira

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A Operação Lava-Jato, que desmontou o maior esquema de corrupção da história da humanidade, mas não conseguiu conter a avalanche criminosa que derreteu os cofres da Petrobras, ainda tem pela frente mais dois anos de investigações.A previsão é de integrantes da força-tarefa, que esperam nesse período dissecar os crimes cometidos na esfera da estatal petrolífera e outros órgãos federais, o que permitiu que muitos dos protagonistas enchessem os bolso como “nunca antes na história deste país”.

Confirmada essa previsão de duração, a Lava-Jato chegará ao seu final tendo permanecido em cartaz longos quatro anos. Afinal, pelo menos na sua primeira metade a operação conseguiu rechear diariamente o noticiário nacional, como continua fazendo. O detalhe interessante que surge no momento é que a Lava-Jato passou a produzir muito mais acusados do que acusadores. E isso só foi possível porque o instrumento da delação premiada tornou-se a única arma do poder público para enfrentar a quadrilha que se instalou na ainda maior empresa brasileira.

O mais novo alvo da Operação Lava-Jato é o petista Luiz Inácio da Silva, o agora bem sucedido lobista-palestrante Lula, que cada vez mais afunda na lama de corrupção que brota do caso. Em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República no início de dezembro de 2015, Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, acusou Lula de ter viabilizado a locação de um enorme elegante prédio no centro do Rio de Janeiro, negócio que obriga a Petrobras a desembolsar anualmente R$ 100 milhões para ocupar o espaço, sendo que o contrato de aluguel tem prazo de validade até 2029.

O edifício erguido na Rua do Senado, no centro do Rio de Janeiro, pertence à construtora WTorre, cujo controlador, o empresário Walter Torre Jr., já depôs na CPI da Petrobras e negou qualquer envolvimento com atos ilícitos no âmbito da estatal.


Cerveró, em seu depoimento, disse que o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, homem de confiança de Lula, recusou as propostas de locação apresentadas pela comissão especial criada para tratar do assunto. “Por 3 vezes esta comissão apresentou alternativas de aluguel de prédios próximos a Petrobrás e que foram recusadas por decisão de Gabrielli, que levantou uma série de questões para obstar a escolha. Até que foi finalmente aprovada a proposta da WTorre já construída e em operação na rua do Senado, no Rio de Janeiro”, declarou Cerveró.

A afirmação do ex-diretor da empresa é gravíssima e, se confirmada, colocará Lula e Gabrielli em situação de extrema dificuldade, pois é inaceitável que uma empresa, nos tempos atuais, se recuse a economizar, mesmo com a possibilidade de obter o mesmo resultado proporcionado pela gastança. Considerando que a Petrobras tem acionistas minoritários, o mínimo que a diretoria da empresa deveria fazer é zelar pelo suado dinheiro alheio.

Como sempre afirma o UCHO.INFO, política não se faz sem grandes volumes de dinheiro, pois no Brasil essa atividade é movida preferencialmente pela corrupção. E para tanto é preciso recursos em caixa, mesmo que o vil metal tenha origem duvidosa. Por outro lado, um fato explica essa sequência quase interminável de escândalos de corrupção. Quando chegou ao poder central em janeiro de 2003 com a posse de Lula, o PT tinha na bagagem um projeto totalitarista que previa uma longeva permanência no comando da nação.

No momento em que surgiu a primeira ponta do iceberg de lama conhecido como Mensalão do PT, o Brasil perdeu a chance de compreender o que estava por trás da roubalheira de estreia da era Lula. O banditismo político foi sendo aperfeiçoado à sombra do presidencialismo de coalizão, que nada mais é do que a oficialização da corrupção, com direito a manobras espúrias no Parlamento para neutralizar a ação dos opositores. Tudo financiado com o dinheiro do contribuinte.