A Turquia atacou o “Estado Islâmico” (EI) na Síria e no Iraque, matando quase 200 jihadistas, informou na quinta-feira (14) o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, que está firme no propósito de eliminar os criminosos que usam como desculpa a interpretação radical do Islã para avançar no projeto de implantar um califado na região.
Os ataques, realizados por forças terrestres, são uma resposta ao atentado ocorrido em Istambul na última terça-feira (12), que matou ao menos dez turistas alemães, e que, de acordo com o governo turco, foi realizado por um terrorista suicida de origem síria, ligado ao EI. A organização terrorista, entretanto, não assumiu o atentado.
A Turquia, país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que integra a coalizão internacional de combate ao EI, afirma que também poderá realizar ataques aéreos contra os extremistas, com o objetivo de expulsá-los de posições próximas à sua fronteira.
“Após os incidentes desta terça-feira, aproximadamente de 500 cargas de artilharia e morteiros foram lançadas contra posições do Daesh na Síria e no Iraque”, afirmou Davutoglu, utilizando palavra em árabe e pejorativa para designar o EI.
“Aproximadamente duzentos membros do Daesh, incluindo os chamados líderes regionais, foram neutralizados nas últimas 48 horas. A partir de agora, toda ameaça direcionada à Turquia será punida dessa maneira”.
O ministro disse que os alvos dos ataques eram posições do EI ao longo da fronteira do país com a Síria e em uma área próxima a um campo militar turco no Iraque. “Nossos ataques por terra a essas posições continuam e, se necessário, nossa Força Aérea entrará em ação”, disse o primeiro-ministro. (Com agências internacionais)