Standard & Poor’s rebaixa mais uma vez a nota de crédito do Brasil e alimenta a fogueira da crise

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Apenas cinco meses após tirar o grau de investimento do Brasil, decisão também adotada pelas principais agências de classificação de risco, a Standard & Poor’s rebaixou novamente a nota de crédito do Brasil. O rating passou de BB+ para BB e, mesmo assim, a perspectiva permanece negativa – o que pode indicar novos rebaixamentos. Com essa decisão e a possibilidade de novo corte na nota verde-loura, os investidores que deixaram o país por conta da crise econômica, confirmada pelas agências de classificação, demorarão ainda mais para retornar ao mercado nacional.

Em setembro, quando retirou o selo de bom pagador do País, a agência citou a piora do cenário político e os problemas fiscais – que permanecem até hoje no foco dos investidores, principalmente os internacionais.

A nota de crédito, ou rating, resulta da avaliação de uma agência de classificação de risco sobre a qualidade de um título de dívida emitido por uma empresa ou país. Ou seja, o rating sinaliza se o emissor do título é bom pagador não, além de apontar as possibilidades de calote da respectiva dívida.

Ao redor do planeta, inúmeros fundos de pensão, de investimento e de carteiras de aplicação, com base em lei ou regulamentação específica, só podem investir em títulos classificados como seguros, os quais levam certificado de grau de investimento das agências de classificação de risco.


A mais nova decisão da Standard & Poor’s, que pode ser repetida pelas agências concorrentes, provocará drástica queda procura por títulos da dívida brasileira – e por consequência de empresas nacionais – , movimento que via de regra é antecipado pelos mercados. Como se não bastasse, a redução do preço do título brasileiro culmina com alta das taxas de juro, cenário que exigirá do Tesouro Nacional maior volume de dinheiro para honrar a própria dívida.

Um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil já era esperado, mas esse novo ingrediente deve piorar ainda mais a grave crise econômica que chacoalha o País em todos os seus quadrantes. Enquanto a presidente Dilma Rousseff insiste no “faz de conta”, os brasileiros não sabem como lidar com a alta dos preços e a queda contínua do poder de compra dos salários.

Quando o governo do PT adotou a fórmula mágica (sic) de estimular a economia com base na redução de impostos, do credito fácil e do consumo exagerado, o UCHO.INFO afirmou que a estratégia palaciana era não apenas irresponsável, mas suicida.

Este site estimou em dez anos o período para que a crise surgisse com força e o governo passasse a enfrentar dificuldades no fechamento das próprias contas. Erramos por pouco, pois Lula anunciou seu falso milagre em dezembro de 2008. Não foi por falta de aviso, mas à época os palacianos acusaram-nos de torcer contra o Brasil e de sermos adeptos do “quanto pior, melhor”. Enfim…

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