Mandado de prisão contra marqueteiro do PT coloca Gleisi Hoffmann de novo na mira da Lava-Jato

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A Polícia Federal, no rastro da Operação Acarajé, 23ª fase da Operação Lava-Jato, está prestes a prender o marqueteiro João Santana, mago da propaganda de Dilma Rousseff e Lula nas campanhas de 2006, 2010 e 2014, mas o publicitário baiano encontra-se na República Dominicana, junto com a mulher, de onde o casal deveria ter retornado no último sábado (20).

A prisão de Santana, que em breve será incluído na “difusão vermelha” da Interpol, provoca pânico também na senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), que lançou mão dos serviços do marqueteiro para sua fracassada campanha à prefeitura de Curitiba, em 2008.

A situação de Gleisi pode piorar sobremaneira, pois a prestação de contas divulgada pelo coordenador da campanha da petista, o então deputado André Vargas (atualmente preso em Curitiba na esteira da Operação Lava-Jato) em 2008 apontava um total de gastos de R$ 6.903.530,23. Levantamento produzido pelo jornal “Folha de S. Paulo”, com base no sistema de prestação de contas eletrônica do TSE, indica que a campanha de Gleisi gastou R$ 16 milhões só com o marqueteiro, agora procurado pela PF.


A discrepância de valores pode complicar Gleisi, uma vez que sugere a existência de recursos não contabilizados em sua campanha à prefeitura da capital paranaense. A senadora converteu-se um personagem importante da Lava-Jato desde o início da operação, quando os delatores Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef a denunciaram como beneficiária de propina de R$ 1 milhão, valor que teria sido pago em 2010.

Na sequência, Gleisi foi envolvida na Operação Pixuleco II, 18ª fase da Lava-Jato, que investiga esquema fraudulento com empréstimos produzido com a cumplicidade do Ministério do Planejamento, ao tempo em que a pasta era ocupada pelo petista Paulo Bernardo da Silva, marido de Gleisi.

Dos R$ 52 milhões que teria rendido o esquema criminoso, ao menos R$ 8 milhões foram transferidos para o advogado petista curitibano Guilherme Gonçalves, que passou a bancar as despesas pessoais de Gleisi, inclusive o salário do motorista da parlamentar.

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