Em sessão sobre Zika e dengue, Caiado denuncia negligência do governo no combate às doenças

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Líder do Democratas no Senado federal, Ronaldo Caiado (GO) apresentou dados que mostram de forma clara os motivos do agravamento dos casos e das complicações da dengue e da rápida proliferação do Zika vírus no Brasil. Em 2015, por exemplo, apenas 13,7% dos recursos carimbados para o combate ao mosquito transmissor (Aedes aegypti) foram executados.

Os números da queda acentuada da execução orçamentária foram expostos em sessão temática sobre o tema realizada nesta quinta-feira (25) por iniciativa de Caiado e de outros senadores com o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), e especialistas ligados ao assunto.

“O problema da dengue e Zika não se resolve da noite para o dia, mas podemos identificar sinais do porquê das complicações no Brasil. Foram 843 óbitos por dengue em 2015 e já temos mais de 500 casos de microcefalia em bebês associados ao Zika vírus. Esses números alarmantes são reflexo das reduções dos repasses para combate ao mosquito transmissor. Em 2014, dos R$ 10 milhões carimbados para a prevenção e combate à dengue, apenas R$ 5,9 milhões foram executados. Em 2015, somente 13,7% do orçamento foi aplicado”, pontuou.

Caiado ainda apresentou os dados do Siafi relacionados aos recursos voltados para saneamento básico. “Os recursos destinados ao saneamento básico, determinante no combate ao mosquito, caíram 85% entre 2012 e 2016. Dados do Siafi. Fatores que demonstram o quanto a vida do mosquito foi facilitada”, alerta o parlamentar.


União da comunidade científica

Caiado questionou o ministro da Saúde sobre o uso de uma vacina já aprovada pela Anvisa para combater a dengue e da urgência da união do país com a comunidade internacional para enfrentar o problema.

“Por que o governo não usa a vacina já registrada na Anvisa? Se alegam que é cara, por que não identificam grupos e regiões de risco? É possível definir um público-alvo. É crucial que o Brasil faça um esforço conjunto com a comunidade científica internacional para encontrar soluções e dar mais tranquilidade à população. Esforço como ocorreu no caso do ebola, contido rapidamente com a união do trabalho de especialistas de vários países. São questões que o governo precisa responder urgente”, finalizou o líder democrata.

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