O governo de Pequim tem planos de demitir entre 5 e 6 milhões de funcionários públicos em no máximo três anos. A iniciativa tem como objetivo reduzir o excesso de capacidade produtiva e a poluição, segundo publica a agência de notícias Reuters, citando duas fontes do governo chinês.
Focado em manter a estabilidade e assegurar que demissões em massa não levem a revoltas, o governo chinês deve gastar quase 150 bilhões de iuans (23 bilhões de dólares) em indenizações apenas nos setores de carvão e aço nos próximos anos.
Segundo números de 2013, o setor estatal emprega cerca de 37 milhões de pessoas, representa cerca de 40% da produção industrial da China e é responsável por quase metade dos empréstimos bancários.
Não se descarta que o número total de demissões suba, uma vez que fechamentos ocorrerão em outros setores e mais recursos serão necessários para lidar com a dívida deixada para trás por estatais “zumbis”.
O termo se refere a empresas que fecharam algumas de suas operações, mas mantiveram trabalhadores em seus quadros, uma vez que os governos locais estão preocupados sobre o impacto social e econômico de falências e desemprego.
Na segunda-feira (29), o ministro de Recursos Humanos e Seguridade Social, Yin Weimin, afirmou que a China espera demitir 1,8 milhão de trabalhadores nas indústrias de carvão e aço, mas não citou prazos.
O índice geral de compras (PMI, sigla em inglês), que mede a tendência da atividade industrial na China, mostrou contração no setor em fevereiro pelo sétimo mês consecutivo, segundo os cálculos divulgados nesta terça-feira.
O PMI ficou em 49 pontos durante o segundo mês do ano, quatro décimos a menos que em janeiro. O indicador revela expansão industrial quando está acima dos 50 pontos e contração abaixo desse limite. (Com agências internacionais)