Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) lamentou a reação do ex-presidente Lula após ter sido conduzido coercitivamente, na manhã desta sexta-feira (4), para depor por envolvimento na enxurrada de corrupção investigada na Operação Lava-Jato.
“Lamento que o ex-presidente saia com uma retórica de agressão a todas as entidades constituintes, à imprensa e ao mesmo tempo conclame uma suposta luta de classe. Ele não pode vender uma ideia de que a Lava Jato é algo como uma eleição de sindicato que se ganha no grito, na pressão e na violência”, criticou o senador.
Para Caiado, Lula adota uma postura de confronto porque não possui mecanismos de defesa ou mesmo de acordo com a Justiça, sendo ele o mentor e principal responsável pelo esquema estabelecido em seu governo.
“Lula hoje não pode sequer recorrer à delação premiada porque ele foi o mentor de todo o processo que teve continuidade no Governo Dilma. Ou seja, praticou toda essa ação de extorquir, dilapidar o patrimônio, e agora quer vender para a população que é o humilde”, comparou.
Caiado acredita que o juiz federal Sérgio Moro agiu com cautela ao somente pedir uma condução coercitiva quando há várias provas da participação e do comando de Lula sobre essa organização criminosa.
“A Justiça está se precavendo porque sabemos que Lula está a poucos momentos de sofrer uma prisão preventiva. E o curioso é que ele estará lá juntamente com todos aqueles que ele chama hoje de ‘elite’, mas que estiveram ao seu lado durante todo esse processo de achaque”, ironizou.
Celeridade ao impeachment
Ronaldo Caiado anunciou que, após reunião entre a oposição, ficou decidido que será feito um esforço concentrado para pedir celeridade ao processo de impeachment.
“Com essa sequência de fatos, da prisão de João Santana, da delação premiada de Delcídio comprometendo Lula e Dilma no esquema do Petrolão e agora com o depoimento de Lula, fica clara a urgência de debater o processo de impeachment, prerrogativa aqui do Congresso”, disse após reunião.
Caiado acredita que a manifestação nacional do dia 13 de março será uma sinalização clara da população contra o governo. “Com a sociedade presente, acompanhando como cada parlamentar vai votar, vai ficar muito difícil se colocar contra um sentimento pelo afastamento de Dilma”, concluiu.