Olimpíadas: documentos do COI veem “crise profunda” do Brasil antes da Rio-2016

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De acordo com informações publicadas na quinta-feira (3) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, documentos internos do Comitê Olímpico Internacional (COI) mostram uma “crise profunda” no Brasil e lista uma série de problemas na organização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Segundo os documentos mencionados pelo Estadão, os principais obstáculos da Olimpíada estão ligados a instalações, ao estádio olímpico, ao fornecimento elétrico “de alto risco” e os eventos marcados para o Complexo Olímpico de Deodoro.

Nos documentos, usados pelo comitê executivo do COI para cobrar delegados do Rio-2016 em reunião na quarta-feira, o presidente do COI, Thomas Bach, pede a comitês olímpicos europeus (de países não especificados) que trabalhem “em solidariedade perfeita com organizadores, diante da crise profunda que o Brasil enfrenta”.

Entre os principais problemas citados, o COI demonstra “preocupação” com as instalações de remo e canoagem, polo aquático, saltos ornamentais, ciclismo, vôlei e equitação, além do estádio olímpico.


Contudo, o documento, que foi assinado pelo belga Christophe de Kepper, diretor-geral do próprio COI, não dá detalhes a respeito dos problemas específicos a respeito de cada instalação.

O COI demonstra especial preocupação com o orçamento apertado para a realização dos Jogos Olímpicos. “Os cortes orçamentários atuais terão eventuais repercussões sobre os níveis de serviços de tecnologia e riscos associados à entrega tardia dos layouts olímpicos e da alimentação elétrica temporária”, ressalta a documentação.

Thomas Bach, presidente do COI, reconhece o impacto da crise econômica do Brasil sobre a organização da Rio-2016. Desta forma, adotou “medidas excepcionais” e “aprovou o novo orçamento” da competição, com um corte de R$ 900 milhões nos investimentos.

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