Petista entra com pedido de habeas corpus para Lula não depor como testemunha de Bumlai

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Certo de que entraria para a História, Luiz Inácio da Silva é um bufão de primeira hora que não escreve sentado o que fala em pé. Na última sexta-feira (4), em evento na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro da capital paulista, Lula participou de ato horas depois de prestar depoimento à Polícia Federal no âmbito da Operação Aletheia, 24 fase da Operação Lava-Jato.

Na ocasião, diante de dezenas de simpatizantes, Lula voltou a desafiar a Justiça e mais uma vez desafiou sua arrogância ao afirmar que sua honestidade é insuperável. Em discurso inflamado e recheado de bizarrices, o ex-presidente da República, que agora sobrevive de palestras caríssimas que ninguém suporta acompanhar, comparou a sua honestidade à de algumas autoridades que participação das investigações sobre o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, o Petrolão.

Depois de classificar a ação da PF de “provocação banal e imbecil”, Lula disparou: “Pode pegar o Procurador-Geral da República, pode pegar o doutor Moro, pode pegar o delegado da Polícia Federal e juntar todos eles. Se eles forem R$ 1 mais honestos do que eu, desisto da vida pública”.


A suposta honestidade de Lula existe na mesma proporção de sua coragem. Nesta terça-feira (8), às 12h41, o Tribunal Federal da 4ª Região (TRF4) recebeu um pedido de habeas corpus preventivo para que Lula não seja obrigado a depor na condição de testemunha de José Carlos Bumlai, o pecuarista que continua preso por ordem do juiz Sérgio Moro e é investigado por vários crimes na Lava-Jato. O pedido foi protocolado pelo advogado Ralph Lichote, do PT de Itaperuna (RJ), que pode ter agido por conta própria ou a pedido da defesa do ex-metalúrgico.

Lula foi intimado pela PF no mesmo dia em que foi conduzido coercitivamente para depor, ou seja, está ciente desde então da sua obrigação de comparecer diante das autoridades. O depoimento está previsto para acontecer por videoconferência.

O pedido de habeas corpus preventivo, distribuído ao juiz federal João Pedro Gebran Neto, de Porto Alegre, pode ter sido acompanhado de uma solicitação de segredo de Justiça. Ora, se Lula é o mais honesto dos brasileiros e nada tem a temer, deixar de comparecer em juízo é sinal de fraqueza ou de culpa antecipada. Afinal, a solicitação do advogado petista para que prevalecesse o segredo de Justiça é no mínimo estranha.

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