Justiça manda citar Dilma por uso de jato da FAB para visita de apoio ao investigado Lula

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De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, a Justiça Federal em São Paulo mandou citar a presidente Dilma Vana Rousseff em ação popular na qual é acusada de ter usado recursos públicos para ir a São Bernardo do Campo, no último dia 5 de março, para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o ex-presidente ser alvo de condução coercitiva da Polícia Federal, determinada pelo juiz Sérgio Moro, no âmbito da Operação Aletheia, 24ª etapa da Operação Lava-Jato.

A citação ocorrerá através da Justiça Federal em Brasília, para onde a 8.ª Vara Cível Federal de São Paulo expediu carta precatória à presidente da República, que terá oportunidade de apresentar resposta em observância ao artigo 7.º da Lei 4717/1965 (Lei da Ação Popular).

A ação foi ajuizada pelo advogado Julio César Martins Casarin, que pede a condenação de Dilma Rousseff à devolução aos cofres públicos dos valores gastos na viagem. “Resta inescusável a lesividade ao patrimônio público, potencializada pela forma como foi realizada”, destacou o advogado. “Assim, como disposto na Constituição, precisamente em seu artigo 5º, LXXIII, qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa”, continuou.


Casarin também ressalta que a visita da petista “não foi viagem oficial, e, consequentemente, condenar a petista a devolver ao Tesouro quantia a ser apurada em liquidação de sentença, por meio de perícia técnica”.

A 8.ª Vara Cível determinou também a expedição de mandado de intimação da Advocacia-Geral da União em São Paulo, a fim de que se manifeste.

A ida de Dilma à residência do lobista-palestrante Lula foi um ato partidário, não cabendo ao contribuinte arcar com tais despesas, já que a petista foi eleita para ser presidente dos brasileiros, não apenas daqueles filiados ao partido que é constantemente comparado a uma organização criminosa.

Diferentemente do que pensa a maioria, Dilma correu para São Bernardo do Campo, berço do sindicalismo nacional, porque sabia que sua visita poderia reverter o caos político que tomou conta do governo e que ameaça sua permanência no Palácio do Planalto. Fora isso, Dilma, que nos bastidores já recebeu inúmeros para renunciar, foi até Lula para tentar minimizar a pressão que há muito ocorre nos subterrâneos do poder.

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