O Partido dos Trabalhadores erra ao não combinar com antecedência os discursos, em especial os disparados para justificar a injustificável corrupção que devora o Brasil de forma contínua. Na manhã desta segunda-feira (14), como noticiado pelo UCHO.INFO, Jaques Wagner, ministro-chefe da Casa Civil, disse que os protestos do domingo (13) tiveram como motivação maior a grave crise econômica. Como já informamos, Wagner tem o direito de pensar o que quiser, mas não pode querer que seu pensamento seja assimilado pela parcela de bem da população, que não mais suporta essa avalanche de corrupção.
Que a cúpula do Palácio do Planalto buscaria uma desculpa para os ruidosos protestos todos sabiam, mas querer colocar a culpa na crise econômica é, ao mesmo tempo, falta de imaginação e tiro no pé. Afinal, os palacianos poderiam ter encontrado uma desculpa melhor e com maior dose de convencimento, assim como creditar as passeatas à crise econômica é dizer que Dilma é incompetente – o que todos já estão cansados de saber.
Como a ordem no PT é defender qualquer “companheiros” a qualquer preço, o suicídio político não parou na Casa Civil da Presidência. Depois de Jaques Wagner foi a vez do senador petista Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, que tentou minimizar os efeitos da manifestação ocorrida na Avenida Paulista, em São Paulo, que acolheu pouco mais de 1,5 milhão de indignados. O ex-cara pintada preferiu arriscar uma manobra radical e tirar proveito da recepção hostil de que o senador Aécio Neves (MG) e o governado Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, foram alvo por parte dos manifestantes.
Como todo espetáculo petista embalado pelo “non sense” só é considerado completo quando há a participação de Gleisi Helena Hoffmann, a senadora paranaense não se fez de rogada e aderiu à sandice oficial. Disse a petista investigada nas operações Lava-Jato e Pixuleco II que as manifestações do domingo foram uma demonstração de ódio à presidente Dilma Rousseff, ao lobista-palestrante Lula e ao Partido dos Trabalhadores. Ou seja, na opinião de Gleisi nada de errado acontece no Brasil, onde a extensa maioria da população é formada por pessoas que aceita passivamente a corrupção enquanto exala ódio.
Jaques Wagner, Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann podem externar o próprio pensamento de forma livre e independente, mas é no mínimo inaceitável a tese de que os manifestantes foram às ruas em todos os estados da federação apenas para exalar ódio em relação à “companheirada”.
O PT foi protagonista do período mais corrupto da história nacional, tendo participado como ator principal do maior esquema de corrupção da História, o Petrolão, mas o trio acima insiste em “vender” à parcela desavisada da opinião pública fatos mentirosos que distorcem a realidade de maneira acintosa.
O PT mergulhou de cabeça na lama da corrupção, como forma de se perpetuar no poder, manobra que só teria êxito com a proibição de doações de campanha por parte de pessoas jurídicas, o que já está valendo. A ideia era esvaziar os cofres dos partidos oposicionistas, enquanto a canalha esquerdista fartar-se-ia no dinheiro imundo da corrupção Acontece que a Operação Lava-Jato não apenas acabou com esse projeto criminoso, mas colocou o PT e sua súcia a um passo do desaparecimento.