Piora sobremaneira, com o passar das horas, a situação de Lula, o palestrante em fuga, que fosse dotado de doses rasas de vergonha teria rejeitado o convite (sic) para comandar a Casa Civil da Presidência da República, fazendo valer sua declaração exaltada de que a jararaca está viva, já que não bateram na cabeça.
Lula é um bufão profissional que sempre exalou uma falsa valentia, mas que ora mostra sua monumental covardia ao se agarrar ao foro privilegiado para escapar da prisão por conta dos vários crimes que cometeu. Enquanto sobrevive nos respingos que brotam dos discursos de seus comandados, os quais não se cansam de afirmar que não haverá golpe no País, Lula tenta manter o autogolpe de Estado que gestou em conjunto com a igualmente covarde Dilma Rousseff.
Como se pouco representasse a decisão liminar que suspendeu sua posse como ministro, Lula agora enfrenta o desmoronamento de outra farsa. A tese pouco confiável de que o sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, no qual esteve em 111 ocasiões desde que deixou a Presidência da República, não lhe pertence. A propriedade de um imóvel comprova-se com a respectiva escritura, mas não se pode desconsiderar o fato que no Brasil, reduto da impunidade, muitos são aqueles que usam terceiros para a ocultação de patrimônio.
Lula nega veementemente ser dono do tal sítio, registrado em nome de sócios do filho mais velho, mas o faz à sombra do “animus domini”, expressão em latim largamente utilizada no universo jurídico para descrever a “intenção de agir como dono”. Essa tese poderia até durar mais algum tempo na enxurrada de desculpas ziguezagueantes do petista, mas investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato não deixam dúvidas de que o agora ministro (suspenso temporariamente) é o dono do imóvel.
Na busca e apreensão realizada no sítio como parte da Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava-Jato, a PF não encontrou no tal sítio um só objeto relacionado a Jonas Suassuna Filho ou a Fernando Bittar, proprietários de direito do imóvel e sócios de Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, também investigado. Na verdade, os policiais encontraram na propriedade apenas objetos que confirmam ser de Lula o sítio em Atibaia.
Há provas de o casal Lula e Marisa Letícia usa regularmente a principal suíte da casa construída no sítio, assim como medicamentos manipulados em nome da ex-primeira-dama e camisas de clubes de futebol com o nome do petista estampado nas mesmas.
No laudo pericial, a PF é clara ao destacar as incontestáveis evidencias que relacionam a propriedade ao ex-presidente da República: “(…) O casal Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia Lula da Silva exercia o uso das principais instalações e benfeitorias do Sítio. Igualmente, foram efetuadas construções, ampliações, adaptações, reformas, instalações de itens de conforto, bem como uso de objetos decorativos personalizados, destinados às demandas específicas do ex-Presidente Lula e de sua família. Opostamente, destaca-se que não foram identificados quaisquer objetos de uso pessoal de Jonas Leite Suassuna Filho e de Fernando Bittar”, dizem os peritos.
Sócios de Lulinha, como já mencionado, Suassuana e Bittar foram representados na compra do sítio por Roberto Teixeira, “notoriamente vinculado a Lula e responsável por minutar as escrituras e recolher as assinaturas”, de acordo com o Ministério Público Federal. A relação conturbada entre Lula e Roberto Teixeira começou a ser erguida a partir da bisonha compra do apartamento de cobertura, em São Bernardo do Campo, em que o ex-metalúrgico mora com a mulher. O negócio envolveu Antonio Celso Cipirani, um ex-alcaguete da política paulista que conseguiu a proeza de levar à bancarrota a empresa aérea Transbrasil, criada por seu finado sogro, Omar Fontana. Coincidência ou não, no complexo processo de falência da Transbrasil a defesa de Cipriani ficou a cargo do advogado Roberto Teixeira, compadre e guru jurídico de Lula.
Retomando o escândalo do sítio, a escritura do imóvel, segundo a força-tarefa da Lava-Jato, aponta que a dupla (Suassuna e Bittar) comprou o sítio de mais de 150 mil metros quadrados por R$ 1,5 milhão, valor considerado irrisório na região. O nome de Fernando Bittar aparece na nota fiscal da compra de móveis planejados para o sítio. Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, um funcionário da loja de móveis afirmou que o pagamento no valor de R$ 130 mil foi feito pela OAS, que não queria aparecer no negócio. Os investigadores descobriram que a OAS pagou não apenas pela cozinha planejada exigida por Marisa Letícia, mas também pelos eletrodomésticos instalados na mesma.
Pois bem, se o sítio não é pertence a Lula, como o lobista-palestrante insiste em repetir, sem convencer, não havia razão para a OAS pagaria as despesas relacionadas a uma propriedade que pertence a terceiros, com os quais a empreiteira não tem qualquer relação.
Como se conhecesse Lula de longa data, Abraham Lincoln, ex-presidente dos Estados Unidos, disse certa feita: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.” E Lula há de ser devorado pela avalanche de mentiras que insiste em sustentar como forma de manter um história política marcada pela farsa e pela corrupção.