Dilma retoma o “não vai ter golpe” porque crê que o desrespeito à lei faz parte da democracia

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O Brasil está mergulhado em uma crise múltipla, grave e crescente, mas Dilma Rousseff encontra tempo para reunir no Palácio do Planalto um grupo de juristas que entendem que crime de responsabilidade só vale a depender de quem o comete. Isso mostra que não se deve confiar em qualquer jurista, pois a interpretação filosófica e semântica da lei é uma aberração do Direito para atender os interesses do cliente.

No momento em que o País precisa de uma solução para evitar a débâcle econômica, a chefe do governo perde seu tempo com discursos típicos de totalitaristas que não aceitam a ideia de que a lei deve ser cumprida. Nesta terça-feira (22), Dilma surgiu em cena com um discurso típico de quem sabe que perdeu o jogo e entoou o enfadonho cântico da esquerda, o “não vai ter golpe”.

Se em algum momento ao longo desses cinco anos e três meses de governo Dilma teve raros momentos de lucidez, um deles acontece agora. Até porque, o Brasil não será palco de um golpe, que vinha sendo engendrado por Lula, que acabou barrado pela Justiça como ministro de Estado. Na verdade, o que o Brasil está vivendo é um momento importante da democracia, pois o respeito à lei não pode deixado de lado ou transformado em refém de interesses espúrios.

Dilma cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”, mas não admite o delito. Essa insistência por parte da presidente em afirmar que o Brasil não será palco de um golpe faz parte da estratégia petista de, enquanto no poder, fomentar a possibilidade de uma convulsão social, em que os brasileiros de bem terão de enfrentar os defensores de um projeto criminoso de poder. E é exatamente nesse ponto que reside o perigo.


Ciente de que por vias legais permanecer no poder é um jogo perdido, os petistas apostam no enfrentamento de classes para, em dado momento, agir para que forças policiais entrem em campo para conter o que pode ser o preâmbulo de uma guerra civil.

É importante que os brasileiros que defendem a democracia e o estrito cumprimento das leis não caiam nessa armadilha, pois o objetivo dos atuais donos do poder é exatamente esse. Enquanto os cidadãos de bem resistirem a essas investidas covardes e premeditadas, os verdadeiros protagonistas do golpe perdem força e o poder de concentração.

O Brasil precisa de mudança urgente no poder central, mas isso deve ocorrer dentro do que determina a legislação vigente. Nenhuma atitude radical, que por ventura possa parecer eventual solução, servirá como reforço para o discurso antigolpe que os petistas não cansam de repetir. Mudar um país exige paciência, determinação e foco, por isso o momento atual não é para dispersar.

Ao afirmar que não renunciará ao cargo e é aplaudida por um punhado de juristas que aviltam as leis apenas porque é politicamente correto flanar na esquerda bandoleira, alegando ser esse comportamento uma defesa da democracia, Dilma o faz não porque tenta demonstrar à nação a sua capacidade de resistir, mas porque sabe que se isso acontecer estará automaticamente nas mãos do juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância pelos processos da Operação Lava-Jato.

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