Desesperada, Dilma pode transformar o “quase ministro” Lula em assessor especial da Presidência

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É cada vez mais pífio e decadente o governo da petista Dilma Vana Rousseff, que continua afirmando que em hipótese alguma renunciará ao cargo. Depois de promover uma dança ministerial de cadeiras para acomodar o palestrante Lula na Casa Civil, a presidente viu a posse do antecessor como ministro ser suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal, mesmo que monocrática. Diante do impasse criado a partir da tentativa de, às pressas, dar a Lula a prerrogativa do foro privilegiado, blindando o ex-metalúrgico contra eventual pedido de prisão no âmbito da Operação Lava-Jato, Dilma mostrou que o seu governo é um furdúncio institucionalizado, algo que pode ser comparado à casa de Noca.

Enquanto Lula, agora blindado por decisão do ministro Teori Zavascki, não mais precisa ser ministro para fugir do juiz Sérgio Moro, a presidente precisa de alguém disposto a salvar seu governo, que afunda cada vez mais em uma crise múltipla e sem precedentes. Acontece que entre a necessidade de Lula e a de Dilma há uma distância considerável e um inconteste conflito de interesses.

Lula, que recentemente disse, em depoimento à Polícia Federal, que diante dos fatos decorrentes das investigações da Lava-Jato será obrigado a concorrer à Presidência em 2018. Isso significa que o petista não pode se envolver em confusões, além das que já é protagonista, assim como não pode enxertar em seu currículo enlameado derrotas políticas fragorosas. Considerando que o governo Dilma é uma catapulta de problemas, defendê-lo a qualquer preço seria para Lula um quase suicídio político.

Em outras palavras, para Lula o melhor é deixar a presidente sangrar sozinha, já que conseguiu blindagem especial no STF. A melhor prova desse risco a que Lula está exposto foi a sua fracassada tentativa de manter o PMDB como aliado do governo.


Por outro lado, agarrando-se a qualquer fato novo que possa lhe dar sobrevida no comando (sic) do País, Dilma pode transformar Lula em assessor especial da Presidência da República. Em outras palavras, o desespero que antes afligia Lula, agora atormenta Dilma.

Fazer de Lula um assessor especial, diante da impossibilidade de transformá-lo em ministro, é igualmente aceitar o papel menor de ser um fantoche político com mandato. Dilma, como mencionado anteriormente, garante que renunciará ao cargo, mas essa afirmação pode cair por terra se a crise política avançar com maior celeridade, como já demonstrado. A situação de Dilma é um reflexo inverso de seus discursos inflamados em defesa da democracia e de condenação ao golpe que só os petistas e aduladores enxergam. Sangra politicamente com o passar das horas, mas afirma que a crise atual resulta do inconformismo de uma oposição que não aceita o resultado da recente corrida presidencial.

Como sempre afirmamos, Dilma sofre de autismo político e esquizofrenia administrativa, o que explica sua recorrente necessidade de encontrar alguém para substituí-la no patíbulo da culpa. O Brasil derrete à sombra de grave crise econômica, mas a presidente sequer avalia a possibilidade de, em momento de grandeza, jogar a toalha para que a nação siga livre em seu caminho. Resta ao brasileiro ter paciência e determinação, já que a teimosia da presidente deve garantir alguns capítulos extras a essa crise sem fim e que tira o sono de muitos.

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