Cheque especial registra juro de 293% ao ano; rotativo do cartão cobra inacreditáveis 447,5% ao ano

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Em fevereiro, o juro cobrado no cheque especial avançou para 293,3% ao ano, mesma taxa cobrada em julho de 1994. A taxa média de juro no crédito livre subiu de 49,6% ao ano, em janeiro, para 50,6% ao ano, em fevereiro. Para pessoa física, a taxa média de juro passou para 68% ao ano e para pessoa jurídica, para 31,9% ao ano.

Contudo, de acordo com dados do Banco Central, o juro do rotativo do cartão de crédito é a taxa mais elevada, tendo atingido a marca de 447,5% ao ano em fevereiro, ante 439,5% no mês anterior, uma elevação de 8 pontos porcentuais na margem. Portanto, manteve-se como a mais alta da série histórica iniciada em março de 2011. No caso do parcelamento da dívida do cartão de crédito, o juro subiu para 145,6% ao ano em fevereiro.

Para veículos, a taxa subiu para 27,6% ao ano em fevereiro. A taxa média de juro no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, acelerou de 31,4% ao ano em janeiro para 31,8% ao ano em fevereiro.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro passou de 45,2%, em novembro, para 44,3%, em dezembro, e para 44,6%, em janeiro.


A instituição iniciou o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de dívidas brasileiras passou a ser incorporada na nota de crédito pelo Banco Central em agosto do ano passado. Os dados de dezembro de 2015 e de janeiro deste ano foram divulgados apenas nesta terça-feira (29).

O cálculo do Banco Central leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses e incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Caso sejam descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento apresentou uma baixa em dezembro, ficando em 25,6% da renda anual. Em novembro, estava em 26,3%. Em janeiro, no entanto, apresentou uma eleve elevação para 25,8%.

Ainda conforme o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) caiu um pouco de novembro (21,8%) para dezembro (20,9%). Em janeiro, ficou em 21,8%. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 19,3% em novembro para 18,5% em dezembro e 19,4% em janeiro.

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