Em nova ameaça, Gleisi diz que tirar corruptos do PT do poder significa o fim do “Minha Casa, Minha Vida”

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A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), conhecida em seu estado como “Joanna D’Arc das Araucárias”, perdeu as últimas nesgas de pudor, se é que de fato sabe o que isso significa. Denunciada por quatro delatores do Petrolão, presos pela Operação Lava-Jato, a senadora resolveu ameaçar os brasileiros mais carentes dizendo que esses perderão benefícios, como o programa “Minha Casa, Minha Vida” (MCMV), caso os corruptos do PT sejam ejetados do governo.

A ameaça foi feita durante o lançamento, pela presidente da República, da terceira fase do MCMV, em cerimônia pífia realizada no Palácio do Planalto e que foi transformada em comício contra o impeachment da petista. Gleisi, do alto da sua conhecida insignificância política, afirmou que o processo de impeachment põe em risco a continuidade dos projetos sociais do governo. Trata-se de uma mentira desmedida, pois não há até o momento qualquer sinalização de que um eventual novo governo acabe com o MCMV.

Em outras palavras, a pantomima criminosa entoada pelos petistas, reverberada por Gleisi, não passa de recado tipicamente mafioso, cujo objetivo é garantir a permanência no poder da quadrilha que tomou conta do governo brasileiro há 14 anos e que vem dilapidando a nação e aniquilando a dignidade dos cidadãos. Fora isso, os “companheiros” querem, com esse discurso, preservar a impunidade e os bilionários ganhos fora da lei.


Não obstante, Gleisi acusou ainda o PMDB de buscar um “consenso” para rever os subsídios sociais com o eventual afastamento de Dilma Rousseff. Segundo a senadora, o plano do PMDB, entre outros pontos, busca reduzir a participação do FGTS no MCMV e “encolher” o programa Bolsa Família, que funciona como isca eleitoral para o partido que já foi acertadamente comparado a uma organização criminosa.

Sem se contentar com a insanidade do próprio discurso, Gleisi Hoffmann foi além e voltou a repetir a cantilena oficial, afirmando que o impeachment da presidente Dilma Rousseff, da forma como foi apresentado, é um “golpe” destinado a levar ao poder uma força política que, em seu ponto de vista, não foi vitoriosa nas eleições. Tese fajuta, desmentida pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, inclusive pelo presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, que é visto como simpatizante do PT e com quem mantém ligações quase umbilicais.

Em vez de despejar uma enxurrada de tolices sobre o País, Gleisi deveria se preocupar com sua defesa no âmbito da Operação Lava-Jato, não sem antes explicar aos brasileiros de bem os motivos que a levaram a indicar um pedófilo condenado a mais de cem anos de prisão para ocupar cargo de assessor especial na Casa Civil. Desde a prisão de Eduardo Gaievski, o delinquente sexual que trabalhou a poucos metros da presidente da República, a senadora petista não tratou do assunto de forma esclarecedora. Possivelmente porque nessa linha há não apenas um boi, mas uma manada de interesses escusos.

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