Impeachment: relator é favorável à saída de Dilma, mas placar da Câmara é contra o Brasil

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Relator da Comissão Especial do Impeachment, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) disse, em meio ao tumulto que se formou no colegiado por ocasião da leitura do relatório, que seu parecer é favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff, acusada de crime de responsabilidade por conta das chamadas “pedaladas fiscais”. No documento, Arantes ateve-se apenas à contabilidade criativa do governo petista, que induziu ao erro aqueles que acompanham o superávit federal.

Se por um lado a aprovação do relatório é tida como certa na Comissão Especial, no plenário da Câmara, que decidirá sobre o futuro da presidente da República, a situação não é tão favorável quanto creem os defensores do impeachment da petista. Até agora, segundo levantamento feito pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, 234 deputados são a favor do impeachment, enquanto 110 são contra. Isso significa que dos 513 parlamentares – esse é o contingente da Câmara – 169 ainda não se decidiram a respeito do tema.

Considerando que o governo acéfalo e terminal de Dilma Rousseff vem incrementando o balcão de negócios para barrar o processo na Câmara, operação que está a cargo do lobista-palestrante e quase ministro Lula, não será surpresa se a petista escapar de pelo menos esse processo – há outros pedidos de impeachment na fila.

Como já noticiado pelo UCHO.INFO, a questão é meramente aritmética e não deixa dúvidas acerca do assunto. Se metade dos indecisos, 85 deputados, decidir votar contra o impeachment de Dilma Rousseff, o governo conseguirá 195 votos, número acima do mínimo necessário (172) para derrubar a matéria no plenário da Casa legislativa. Na mesma linha de raciocínio, se 85 deputados se juntarem aos que defendem a saída imediata da presidente da República, a oposição somará 319 votos, número aquém do mínimo necessário (344) para aprovar o pedido.


É importante que os brasileiros de bem se conscientizem do que vem acontecendo nos subterrâneos do poder, onde distribuição de cargos, liberação de verbas oficiais e suborno em dinheiro vivo correm sem cerimônia. Se no começo das negociações um voto valia entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, com a proximidade da votação do impeachment esse valor subiu e passou a oscilar entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões.

Levando-se em conta que diante de fatos concretos não há argumentos, mas podem ocorrer milagres, afinal Deus é brasileiro, é preciso que os indignados com o período mais corrupto da história nacional saiam às ruas do País e exijam de maneira incansável o fim de governo pífio, paralisado, perdulário e corrupto. Caso necessário, os brasileiros devem parar o País para mandar um duro e definitivo recado ao governo, pois a aquiescência em nada servirá para salvar uma nação devorada pelo banditismo político.

No caso de Dilma Rousseff continuar à frente desse governo bandoleiro, em questão de meses o Brasil terá afundado ainda mais na vala lamacenta da crise, já que o mercado financeiro global vê com muita desconfiança a permanência da petista no cargo. O cenário mostra-se ainda mais aterrador quando surge a possibilidade de Lula tornar-se chefe da Casa Civil, mas que na verdade será o presidente da República de fato.

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