Impeachment: petistas Chinaglia e Henrique Fontana dão espetáculo pífio na Comissão Especial

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Com o prazo para a votação do relatório da Comissão Especial do Impeachment terminando na próxima segunda-feira (11), o colegiado iniciou na tarde desta sexta-feira uma reunião para discutir o documento, com previsão de encerramento por volta das 5 horas da manhã de sábado (9).

Recheada de parlamentares a favor e contra o impedimento da presidente Dilma Vana Rousseff, a sessão começou com discursos mentirosos e que mais uma vez tentam induzir os brasileiros ao erro. O petista Arlindo Chinaglia (SP), que procurou manter um discurso moderado durante os quinze minutos a que tinha direito, acabou escorregando ao final quando, dizendo-se contra o impeachment da “companheira” Dilma, que seu voto era para “mudar o Brasil e melhorar a vida dos brasileiros”.

Durante treze anos e três meses, o PT se esmerou em arruinar a economia nacional, “vendendo” aos brasileiros desavisados a ideia de que o Brasil se transformara em reedição tropicalizada do País de Alice, aquele das maravilhas, e que todos só alcançaram a felicidade plena por causa do PT, de Lula e sua horda. As palavras de Chinaglia por certo são de encomenda e visam convencer os indecisos de que a continuidade de Dilma Rousseff no poder é a salvação, mas não se pode esquecer que o modelo econômico adotado na era petista foi um suicídio político sem precedentes.

A bandalheira petista saqueou os cofres púbicos e inviabilizou muitas estatais, mas os “camaradas” não querem perder a boca rica à qual se acostumaram nesse período de mais de uma década, com direito a gatunagem de todos os naipes. Muitos dos escândalos de corrupção com a marca estelar do PT ainda estão por vir à tona, mas o que a população já sabe é suficiente para despejar Dilma do Palácio do Planalto.


O debate na Comissão Especial do Impeachment avançou com discursos de no máximo um quarto de hora, mas o pior estava por vir. Deputado federal pelo PT gaúcho, o estridente, inflamado e radical Henrique Fontana fez uso da palavra para defender o indefensável: o governo Dilma. Repetindo a insuportável cantilena de que impeachment é golpe – quando Collor foi apeado do poder não era – Fontana abusou do “non sense” como se fosse um daqueles primórdios fundadores da chamada Escola de Frankfurt, que como “papagaios” repetiam naquela época as teorias estúpidas de Karl Marx.

O petista gaúcho não economizou seu palavrório para criticar o que chamou de golpe e disse que os oposicionistas, após serem derrotados na eleição presidencial de 2014, querem agora chegar ao governo sem um voto sequer. O que pensa Henrique Fontana dentro da matriz engessada do comunismo não importa aos brasileiros de bem, mas é preciso salientar que o Brasil ainda é uma democracia e que como tal vive dentro de um balizamento legal, o qual contempla de forma clara e inequívoca o instituto do impeachment. Aliás, se Fontana não sabe, o impedimento de um governante jamais será considerado golpe quando houver crime de responsabilidade. E para o desespero dos petistas e outros esquerdistas a presidente incorreu nesse crime de maneira acintosa.

Henrique Fontana, que como qualquer cidadão tem o direito à livre manifestação do pensamento, preza pela ignorância política quando afirma que a oposição aproveitou a crise econômica internacional para fomentar a crise política no País. Ou seja, nem mesmo à beira da cova rasa a “companheirada” consegue reconhecer o próprio fracasso. Querer culpar o restante do planeta pelas bizarrices de Dilma é no mínimo um caso para psiquiatra. Mas Fontana esmerou-se em sua insanidade política ao dizer que o Brasil hoje e vítima de um movimento que ele chamou de “acordão de elite”. Em outras palavras, Lula, o seu patrão, só viaja em jato executivo e considera um confortável apartamento em Guarujá como “um triplex Minha Casa, Minha Vida”, mas os que querem cumprir a lei são elitistas.

O petista das plagas sul-rio-grandenses foi além e, como esperado, alfinetou Michel Temer e Eduardo Cunha. Disse Fontana que a eventual chegada de Temer à Presidência da República, o que faria de Cunha o primeiro na linha sucessória presidencial, não melhoraria o combate à corrupção. Esse ponto da fala de Henrique Fontana deve ser considerado corajoso, mesmo sendo um ato falho camuflado. No momento em que diz que um eventual novo governo não melhoraria o combate à corrupção, o petista reconhece que os “companheiros” arrebentaram a cornucópia oficial. Por outro lado, não se pode dizer, nem mesmo em momento de sonambulismo explícito, que Dilma em algum momento combateu a corrupção. Ao contrário, deixou a roubalheira correr solta à sombra do que ela mesma chama de “presidencialismo de coalizão”. Algo parecido com “podem roubar à vontade, desde que me apoiem”.

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