Inflação recua em março no vácuo da recessão, não por causa de alguma ação do governo do PT

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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (8), mostram que a inflação perdeu força em março. Considerado como a inflação oficial do País, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,43% em março, menor taxa para o mês desde 2012. Em fevereiro, o IPCA registrou alta de 0,9%. A queda foi provocada não por alguma ação do governo, que está cada vez mais perdido e mergulhado em uma crise inédita, mas porque, como anunciado pelo UCHO.INFO, a energia elétrica ficou mais barata.

Outro motivo, talvez o mais importante, para o recuo do IPCA foi a impressionante queda no consumo das famílias, que não apenas deixaram de comprar determinados produtos, mas passaram a substituir marcas, prática que está em marcha há alguns anos. Afinal, a crise econômica sempre deu o ar da graça, inclusive no período em que Dilma Rousseff, a presidente, insistia em “vender” a ideia de o Brasil é a versão moderna e tropical do País de Alice, aquele das maravilhas.

Na edição de quinta-feira (7), o UCHO.INFO publicou matéria sobre mais um devaneio da senadora Gleisi Helena Hoffmann, que em seu perfil no Facebook anunciou que o País começava a dar sinais de recuperação, com a queda da inflação, apenas porque Lula havia ingressado na equipe de governo. Ao contrário do que afirma a senadora que cada vez mais afunda no escândalo do Petrolão, Lula continua fora do governo, atuando nos bastidores, e de forma oficiosa, como rufião político do Palácio do Planalto. Fora isso, contrariando a senadora petista, o ex-metalúrgico nada fez para que a inflação recuasse, pelo contrário, sua presença tem colaborado para o acirramento da crise econômica, pois é crescente a desconfiança do mercado em relação ao partido mais corrupto da história nacional, o PT.

A situação da economia brasileira é tamanha, que mesmo com a queda do IPCA em março, o banco Central continua firme no propósito de não reduzir até o final deste ano a taxa básica de juro, a Selic, atualmente fixada em 14,25%. Isso significa que o mais temido fantasma econômico, a inflação, ainda pode provocar surpresas ao longo do s próximos meses, mesmo com a vertiginosa queda no consumo. Na verdade, o momento atual deflagrou um movimento cíclico perigoso na economia, já que a queda no consumo provoca menor produção, que por sua vez gera desemprego e assim sucessiva e ciclicamente.


Sem motivo para comemorar esse recuo do IPCA, o governo está às voltas com os detalhes finais do plano suicida de barrar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, algo que já é considerado como uma fragorosa derrota dos palacianos. O que parecia ser um cenário favorável ao governo até a última quarta-feira (6), hoje transformou-se em um cenário típico de nocaute político. Esse quadro pode no primeiro momento ser um acelerador da crise, mas com o passar dos dias deve funcionar como um redutor de tensões, em especial a econômica.

Fosse responsável e preocupada com o País, a exemplo do que vem afirmando nos muitos eventos-comícios que têm ocupado o Palácio do Planalto nos últimos dias, Dilma deveria reconhecer o próprio fracasso e, em gesto de grandeza, renunciar ao cargo como forma de aliviar a crise e dar uma dose de fôlego aos brasileiros, que há muito não dormem diante da preocupação com o futuro próximo.

O modelo econômico fanfarrista adotado pelo PT ao longo de treze anos não poderia produzir outro resultado, que não o de desmonte da economia nacional. Nem mesmo o mais inexperiente economista faria o que fizeram os palacianos nos últimos anos, que apostaram no populismo barato e na gastança deliberada como alternativa para manter em marcha um projeto criminoso de poder.

O Brasil está a poucos passos de experimentar o caos quase irreversível que faz com que a vizinha Venezuela sucumba na esteira da crise e do totalitarismo bolivariano, mas ainda é tempo de salvar um país que há décadas repousa à sombra da tese de que é a nação do futuro. Sendo assim, mãos à obra e sem dar ouvidos aos pronunciamentos bizarros que diariamente descem a rampa do Palácio do Planalto.

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