Apesar do mercado externo, Bovespa sobe com expectativa de impeachment de Dilma Rousseff

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No pregão desta sexta-feira (15), a Bovespa registrou alta animada com a chance de o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff avançar no próximo domingo (17) na Câmara dos Deputados. Contudo, diante da intensa intervenção do Banco Central no mercado de câmbio, o dólar operava em alta.

No final da manhã, o Ibovespa subiu 0,86%, a 52.863 pontos, depois de atingir a máxima de 53.125 pontos. No exterior, as bolsas europeias e os índices de Wall Street operavam em queda.

Enquanto isso, o dólar ampliou a alta após as 10 horas e atingiu máxima de R$ 3,5283, reagindo à atuação do BC no mercado de câmbio, que fez dois leilões de swap cambial reverso nas primeiras operas de funcionamento do mercado. A operação equivale à compra de dólares no mercado futuro. Às 11h, a moeda norte-americana subia 1,26%, cotada a R$ 3,5211.

Depois de vender lote integral de 80 mil contratos de swap cambial reverso, o BC fez leilão surpresa com colocação de mais 7,5 mil contratos, levando a moeda a norte-americana a renovar máximas na manhã desta sexta. A segunda atuação foi anunciada enquanto o dólar já tinha valorização de mais de 1% e em ambas as operações apenas os contratos de vencimento mais curto foram demandados.


Vale destacar que o investidor monitora a sessão no plenário da Câmara para discutir o processo de impeachment. Depois de quase uma hora de discursos da defesa e da acusação, foram iniciadas as discussões entre os parlamentares sobre o processo de afastamento da petista na Câmara.

De acordo com o levantamento realizado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, a oposição tem atualmente 344 votos para aprovar o impeachment, dois a mais do que o mínimo necessário, enquanto o governo soma 128 votos.

Ainda nesta sexta-feira, manifestantes contrários ao impeachment da presidente da República começaram a fazer protestos em São Paulo. A Marginal Tiete, por exemplo, chegou a ser interditada na altura da Ponte do Tatuapé, na Zona Leste. Houve também protestos no Viaduto do Chá, no centro da Capital, na Ponte das Bandeiras e em algumas rodovias, como a Anchieta e a Imigrantes.

No final do dia, manifestantes a favor do impedimento de Dilma Rousseff iniciaram manifestação na Avenida Paulista, bloqueando alguns quarteirões da mais importante via da cidade de São Paulo. Um enorme e rumoroso protesto está marcado para o próximo domingo (17), dia em que a Câmara decidirá sobre o processo de impeachment da presidente.

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