Requião, que loteou Itaipu, diz que “não existem 10 pessoas respeitáveis favoráveis ao impeachment”

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que repartiu entre amigos e parentes (colocou irmãos, assessores em diretorias e conselhos da hidrelétrica binacional) a Usina de Itaipu, transformou-se no mais agressivo defensor de Dilma Rousseff e o mais sanguinário opositor do impeachment.

Em uma de suas pérolas publicadas no Twitter, o peemedebista insiste que o impeachment, que tem o apoio da maioria absoluta dos brasileiros, não tem entre seus defensores sequer “dez pessoas respeitáveis”. São todos “golpistas”.

“Sr deputado, dê o nome de dez pessoas que vc admire e respeite e queira ser respeitado por elas que sejam a favor do golpe. Pense bem!” escreveu Requião no Twitter, em clara manifestação pública que agride todos os brasileiros de bem favoráreis ao impedimento de Dilma.

Em outro “tuíte”, o senador paranaense dá uma amostra do estado de exaltação em que se encontra ao proclamar: “Desabafo: Porra! Não somos uma república bananeira! Não envergonhem nosso país e nossa história com este impeachment!”


Requião, que tem um filho, Maurício Requião, candidato à prefeitura de Curitiba, prevê o apocalipse político caso o impeachment passe na Câmara dos Deputados. A crise política há de piorar, prevê o senador, que dá, no máximo, três meses de vida para um eventual governo de Michel Temer.

O senador explica por que o vice cairia rapidinho se assumir um governo golpista:

“Não se trata de impeachment, mas de precarização do Brasil, primarização da economia, privatização da saúde e educação, fim da Nação.”

Parlamentares sentem-se coagidos pela mídia golpista, por isso evitam se manifestar antes do voto em plenário no domingo, alega o senador. Esses deputados “indecisos” buscam validar um discurso para a hora “H”, acredita.

Uma das saídas seria adotar o “padrão deputado Aliel Machado (Rede-PR)”, que se posicionou contra o golpe na comissão de impeachment, mas manifestou-se contra tudo e contra todos propondo a cassação da chapa Dilma-Temer.

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