Delegados de cinco estados americanos foram às urnas nesta terça-feira (26) para escolher os pré-candidatos dos partidos Republicano e Democrata. A rodada, também conhecida como “Superterça 3”, selou a vitória dos dois favoritos, Donald Trump e Hillary Clinton.
Trump, o magnata nova-iorquino que domina as manchetes e rachou o Partido Republicano, assegurou uma vitória esmagadora nos cinco estados: Maryland, Delaware, Rhode Island, Connecticut e Pensilvânia. O bilionário tem agora 77% dos votos que precisa para vencer a nomeação republicana. Até o momento ele garante 950 dos 1.237 delegados necessários para ser o candidato do partido na corrida à Casa Branca.
Hillary, por sua vez, ampliou a vantagem em relação a seu rival Bernie Sanders, embora ele tenha saído vitorioso da primária em Rhode Island. Com quatro vitórias na “Superterça 3”, a ex-secretária de Estado soma agora 90% dos delegados necessários para se tornar a primeira mulher a ser indicada como candidata presidencial do Partido Democrata.
Discursando para uma plateia de mais de mil pessoas na Pensilvânia, Hillary pediu aos eleitores que votem contra os candidatos republicanos. “Se você é um democrata, eleitor independente ou um republicano consciente, você sabe que a abordagem deles não construirá um país onde podemos aumentar oportunidades e diminuir a desigualdade”, disse.
Trump questiona honestidade de Hillary
Enquanto isso, Trump se autodenominou o “candidato presumível” durante seu discurso em Manhattan, em Nova York, apesar de ainda precisar ganhar os 1.237 delegados necessários para a nomeação republicana definitiva.
Seus rivais, o senador do Texas, Ted Cruz, e o governador de Ohio, John Kasich, estão buscando levar a batalha eleitoral à convenção republicana em julho, onde ambos ainda possuem chances de ganhar a indicação do partido.
Em relação à pré-candidata democrata, o Trump sugeriu que a ex-secretária de Estado não é uma candidata honesta. “Eu a chamo de “Crooked Hillary’”, disse o republicano – “crook” em inglês tem o significado de curvo, mas também de criminoso, pilantra e trapaceiro.
Antes da votação, Trump disse a repórteres que ela só é levada a sério por ser mulher. “Francamente, se Hillary Clinton fosse um homem, não acho que ela somaria 5% dos votos”, afirmou.
Sanders não joga a toalha
Já Sanders, que com a vitória em Rhode Island alcançou o apoio de 1.267 delegados (contra 1.618 de Hillary – sem levar em conta os 719 “superdelegados”), demonstrou num comício político na Virgínia Ocidental que não desistirá.
“A razão pela qual geramos esse entusiasmo é porque estamos fazendo algo muito incomum na política contemporânea. Estamos dizendo a verdade”, afirmou o senador de Vermont, que construiu sua campanha política sobre uma plataforma crítica a Wall Street e contra a influência corruptora do dinheiro na política. (Com agências internacionais)