Gleisi tentou atribuir ao “aliado” Osmar Dias alguns dos crimes cometidos pela ainda presidente Dilma

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No esforço descabido para tentar salvar o mandato da presidente Dilma Rousseff, que será apeada do poder por crime de responsabilidade, a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) dá mostras de não conhecer limites. Na sessão de quarta-feira (27) da Comissão Espacial do Impeachment, que funciona no Senado, a petista defendeu a convocação do vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias (PDT-PR), para explicar a não existência das “pedaladas fiscal”.

A ideia obtusa da senadora paranaense era tentar livrar a responsabilidade de Dilma Rousseff em uma das pedaladas, jogando a responsabilidade por ilícitos econômicos sobre Osmar Dias. Outra estratégia, desta vez acessória, era criar constrangimento na Comissão do Impeachment, já que Osmar é irmão do senador Alvaro Dias (PV-PR), favorável ao impedimento da presidente da República.

Gleisi pretendia que Osmar Dias assumisse o pagamento de R$ 3,5 bilhões de créditos do Plano Safra em 2015 – o governo atrasou os repasses e o banco pagou com recursos próprios. A oposição não concordou eafirmou que Gleisi estava tentando transferir a responsabilidade de Dilma para o Banco do Brasil. De tal modo, a proposta da petista foi rejeitada.


Uma das políticas com maior envolvimento no Petrolão, esquema de corrupção desmontado pela Operação Lava-Jato, Gleisi luta de forma descontrolada para tentar salvar o mandato da “companheira” Dilma, convencida de que essa é a última barreira entre ela e a carceragem da Polícia Federal. A senadora petista foi acusada por cinco delatores de ter recebimento de propina do Petrolão e já foi indiciada, juntamente com o marido (Paulo Bernardo da Silva) por corrupção passiva.

A relação entre Gleisi e Osmar Dias passou por um esfriamento depois que o pedetista evitou participar da campanha de reeleição de Dilma, em 2014, sob a alegação de que o estatuto do Banco do Brasil proibia a participação de sua diretoria em eventos de política partidária. A senadora apontou a movimentação de Osmar em articulações para atrair filiados para o PDT como prova de que o ex-senador estava fazendo corpo mole para não apoiar Dilma.

Não se sabe, no entanto, se Osmar Dias estava ciente da convocação ou se foi mais uma forma de Gleisi enviar-lhe um recado mafioso. Além de alegar que Osmar sabotou a campanha de Dilma em 2014, Gleisi não está gostando da movimentação do pedetista no Paraná. Além de se afastar do PT, Osmar pretende disputar o governo do Paraná em 2018.

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