Impeachment: benefícios à afastada Dilma Rousseff terão de ser definidos pelo Supremo

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Após anunciar o resultado da votação sobre a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a petista, enquanto afastada temporariamente, terá direito a permanecer no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, a equipe de seguranças, assessores, salário (R$ 27,8 mil), plano de saúde e transporte aéreo e terrestre. Ou seja, no entendimento do presidente do Senado, Dilma poderá arquitetar sua defesa com o suado dinheiro do contribuinte, que não mais quer essa senhora no comando do País.

Entre o que disse Renan Calheiros e o que determinará o Supremo Tribunal Federal (STF) há ume grande diferença. Isso porque a questão será objeto de questionamento judicial, cabendo à Suprema Corte decidir sobre o tema.

A tendência, o que não significa questão pacificada, é que o STF reduza essas mordomias, mesmo que prevaleça a tese de que Dilma não está no exercício da Presidência, mas nas suas funções. Estivesse nas suas funções, a petista não precisaria ter demitido sua equipe ministerial.


A decisão tomada pelo Senado na manhã desta quinta-feira (12), dia histórico para o País, não significa que a luta contra o partido que tomou conta do poder central, como se propriedade sua fosse, ainda não acabou. É preciso que os brasileiros de bem continuem vigilantes e empenhados nessa batalha, pois qualquer desatenção pode representar uma brecha para o retorno do partido que já foi comparado a organização criminosa.

É importante que Dilma, mesmo afastada, faça jus àquilo que determina a lei, e se assim não estiver estabelecido que a Justiça decida com base no bom senso e sem desapontar o clamor das ruas, que por várias vezes foram tomadas por milhões brasileiros cansados de desmandos seguidos e corrupção desenfreada.

Qualquer benefício além do que determina a legislação seria um prêmio a quem conseguiu arruinar a economia nacional e levar o País a uma crise sem precedentes. Considerando que a Justiça sempre se vale de decisões anteriores, que no caso de Dilma as benesses concedidas ao também afastado Fernando Collor sirvam de referência.

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