Efeito Dilma: no rastro da crise econômica, desemprego avança e arrecadação tributária recua

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Dilma Vana Rousseff, a presidente afastada, não contente com os enormes estragos que provocou na economia brasileira, continua criticando o governo interino de Michel Temer, que tem apenas uma semana e uma infinidade de problemas pela frente.

Como se não tivesse jogado o Brasil em uma crise econômica sem precedentes, algo que credita a fatores externos, Dilma insiste em falar em golpe e apresenta-se a jornalistas estrangeiros como a versão feminina de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada maravilhosa.

Os números da economia não deixam dúvidas a respeito do cenário de terra arrasada que se instalou no País, mas com o avanço do tempo o caos mostra-se cada vez maior. Entre as muitas críticas que faz ao governo Temer, a presidente afastada sugere que os trabalhadores terão os direitos desrespeitados. Na opinião do UCHO.INFO, dois direito básicos do trabalhador são trabalho digno e salário condizente.

De acordo com dados da Pnad Contínua, divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre de 2016 o desemprego subiu em todas as grandes regiões do Brasil, na comparação com igual período do ano passado, principalmente no Nordeste. Considerando todas as regiões, a taxa de desemprego alcançou a marca de 10,9%.

No Nordeste, a taxa passou de 9,6% para 12,8%, no Sudeste, de 8% para 11,4%, no Norte, de 8,7% para 10,5%, no Centro-Oeste, de 7,3% para 9,7%, e no Sul, de 5,1% para 7,3%.

“Tradicionalmente as taxas do Nordeste são mais altas por diversos motivos: processo de informalização maior – o comércio nessas áreas ou parte dos serviços tendem a ser voltados pela informalidade. Isso traz para o mercado de trabalho uma procura maior [por emprego]. Além disso, tem uma concentração menor de indústria, além de tudo isso, concentra uma população mais jovem. É um conjunto de fatores que tradicionalmente colocam as regiões de Norte e Nordeste num patamar mais alto na taxa de desocupação”, destacou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Ou seja, Dilma e seus companheiros de legenda não têm moral para fazer qualquer crítica em relação à política econômica, pois os governos petistas conseguiram a proeza de arruinar o que foi reerguido com muito sacrifício.


Arrecadação tributária

Em outra ponta do estrago petista pode-se facilmente detectar os sinais da crise. Segundo dados da Receita Federal, a arrecadação de impostos e contribuições pelo governo central somou R$ 110,89 bilhões em abril, queda real de 7,1% na comparação com o mesmo mês de 2015. Foi o pior mês de abril desde 2010.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a arrecadação totalizou R$ 423,9 bilhões. Comparado ao mesmo período do ano passado, o montante arrecadado em impostos registrou queda real de 7,91%. Trata-se do pior resultado para período desde 2010.

O fraco desempenho da arrecadação é resultado imediato da maior recessão econômica da história verde-loura, algo que vem tirando o sono dos brasileiros. Esse cenário encontra explicação no Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, que recuou 3,8%. Para piorar o que já é ruim, os economistas preveem igual recuo do PIB neste ano.

Com a economia em ritmo de queda, o desemprego e a inadimplência crescem, ao mesmo tempo em que caem as vendas de produtos e serviços. Essa somatória macabra leva ao recuo na arrecadação tributária. Sempre lembrando que a crise não é novidade e Dilma vinha priorizando a gastança desde 2014, quando precisou vender aos eleitores incautos a falsa ideia de que o Brasil é uma versão reestilizada do País de Alice.

“O desempenho geral da arrecadação em abril, e de janeiro a abril deste ano, teve uma trajetória negativa da ordem de 7%. Esse resultado reflete o fraco resultado da economia e a deterioração das principais bases de tributação: a renda, o consumo e os salários”, declarou Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal.

Apesar dessa conjuntura, Dilma Rousseff diz que lutará pelo seu mandato e pelo direito de retornar ao cargo, sem considerar que dois terços da população sequer contam com a possibilidade de o governo mais corrupto e incompetente da história voltar à cena.