Guerra na Síria: mais de 120 pessoas morrem em ataques terroristas do Estado Islâmico no país

(Reuters - Sana)
(Reuters – Sana)

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), nesta segunda-feira (23) mais de 120 pessoas morreram e centenas ficaram feridas após explosões nas cidades de Jableh e Tartus, no litoral mediterrâneo da Síria, em novos ataques do terrorista “Estado Islâmico” (EI).

Pelo menos 73 pessoas morreram em quatro explosões em Jableh, localizada na província litorânea de Latakia, enquanto 48 não sobreviveram a três explosões em Tartus, capital da província homônima, perto da costa mediterrânea.

A televisão estatal síria declarou que foram registradas quatro explosões em uma estação de ônibus e nas proximidades de um hospital em Jableh. A emissora acrescentou que, em Tartus, um carro bomba explodiu na entrada de outra estação de ônibus e, pouco depois, dois suicidas detonaram os artefatos que levavam junto a seus corpos no interior do local.


Vale destacar que tanto em Latakia quanto na Província de Tartus, dois redutos do governo do ditador Bashar al-Assad, vive grande parte da minoria alauíta.

Os conflitos tornaram-se frequentes em diversas regiões da Síria nas últimas semanas, enquanto grandes potências mundiais tentam restabelecer o cessar-fogo e reiniciar as negociações de paz, que neste ano fracassaram em Genebra ano.

Colocar as negociações de paz como ponto de partida para eliminar o “Estado Islâmico” é ignorar a disposição criminosa do grupo terrorista, que tem o fundamentalismo religioso com desculpa, para a instalação de um califado em parte dos territórios da Síria e do Iraque. Qualquer acordo de cessar-fogo só será possível quando o EI perder boa parte do seu poder de fogo. Do contrário, a carnificina há de continuar por bom tempo.

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