Divulgada na madrugada de segunda-feira (23), uma nova pesquisa mostra que os dois prováveis adversários nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro deste ano, estão com uma diferença de apenas três pontos percentuais, ou seja, há um empate técnico entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton.
Desta forma, desabou a folgada liderança que a provável candidata do Partido Democrata tinha sobre o candidato republicano, que era de 11 pontos percentuais no mês passado.
De acordo com a pesquisa, divulgada pelo jornal “The Wall Street Journal” e pela rede de televisão “NBC”, Hillary Clinton está com 46% de apoio, contra 43% de Donald Trump.
O avanço dos republicanos ocorreu depois que outros candidatos, no âmbito da própria legenda, desistiram de disputar com Trump a indicação oficial do partido, em convenção prevista para julho.
Contudo, Hillary continua confiante. Em entrevista ao programa “Meet the Press”, na rede de televisão NBC, ela afirmou que a vitória se dará pela união partidária. “Vamos ficar mais fortes juntos para enfrentar nossos desafios internos e externos”.
Entretanto, a união do partido depende da desistência do outro candidato democrata, senador Bernie Sanders, que até agora não deu demonstrações de que deseja sair da campanha. Inclusive, a pesquisa do “The Wall Street Journal” aponta que, se fosse contra Bernie Sanders, o candidato republicano estaria perdendo com uma diferença bem maior: 15 pontos percentuais. Nesse confronto, Bernie Sanders estaria com 54% na preferência, contra 39% de Trump.
Contudo, em vez de desistir da campanha, Bernie Sanders vem aumentando as críticas à candidatura de Hillary Clinton. Para ele, Hillary não pode ser a única referência na convenção que vai escolher o candidato do Partido Democrata, em julho.
Em entrevista à rede de televisão União, Sanders considerou “inaceitável” o comportamento dos superdelegados do Partido Democrata que vêm apoiando Hillary, antes mesmo que a situação dentro do partido esteja definida.
Na entrevista à CNN, Sanders ainda disse que a aclamação de Hillary, antes de ser confrontada com outro candidato, configura “situação antidemocrática”.