Impeachment: depois de indicar 48 testemunhas de defesa, Cardozo quer periciar o TCU

(Marcelo Camargo - ABr)
(Marcelo Camargo – ABr)

Responsável pela defesa de Dilma Rousseff, a presidente afastada, o advogado petista José Eduardo Martins Cardozo demonstra cada vez mais sua disposição para procrastinar o andamento do processo de impeachment. Isso porque o PT, assim como a tropa de choque escalada pela legenda, trabalha com a possibilidade de exaurir o prazo de afastamento e reconduzir Dilma ao Palácio do Planalto. Enquanto isso, nos bastidores as negociações são intensas e espúrias.

A mais nova invencionice de Cardozo é um pedido de perícia, assunto que é alvo de discussão na Comissão Especial do Impeachment. Senadores favoráveis ao impedimento da petista alegam, acertadamente, que não há como auditar uma decisão tomada pelo Tribunal de Contas da União, órgão de assessoramento do Congresso e que de maneira clara apontou os crimes de responsabilidade cometidos pela presidente afastada ao atropelar o Orçamento da União.

José Eduardo Cardozo e seus “companheiros” da esquerda verde-loura sabem que é impossível justificar o injustificável, por isso já minimizaram o discurso enfadonho e mentiroso do golpe. Mesmo assim, inconformados com a possível decisão que deve confirmar o impedimento de Dilma, de tudo fazem para inviabilizar o processo que ziguezagueia no Senado. Tanto é assim, que antes do pedido de perícia, a defesa da petista conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) a confirmação de que 48 testemunhas serão ouvidas pela Comissão do Impeachment.


Essas manobras recorrentes confirmam a necessidade de o País novamente ser tomado pelos protestos dos últimos meses, quando o impeachment de Dilma e o fim da corrupção sistêmica deram voz aos brasileiros indignados com o estado de coisas.

Caso a população persistir no erro de acompanhar, pacientemente e de braços cruzados, o desenrolar do processo de impeachment, a chance de Dilma Rousseff retornar ao poder central ganhará força. Isso porque nos subterrâneos do poder a movimentação é intensa, covarde e claramente golpista.

Aliás, os últimos acontecimentos políticos ratificam a tese de que o único golpe em marcha no País, contrariando a cantilena comunista, está sendo gestado pelo PT e seus aliados de ocasião. Tudo se faz para inviabilizar o governo interino de Michel Temer, ao mesmo tempo em que se trabalha para impedir a aprovação do impeachment no plenário do Senado. Essa preocupante letargia da população poderá custar muito caro para a democracia.

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